Era dócil, elegante, mas com uma força tremenda, daí o nome de Brutus. O Dálmata adorava crianças e não se coibia de dar uma trincas nos rabos de quem se aproximava com má cara e que não fosse da casa. Tinha dez anos quando veio o diagnóstico do veterinário ... cancro no fígado! A solução passou por aplicar-lhe "a injecção". A decisão foi tomada com base no parecer do veterinário, ainda que a todos custasse, em especial aos donos que diariamente o viam em sofrimento. No entanto, penso que foi unânime que seria o melhor para o Dálmata mais bonito que vi até hoje. A notícia foi um choque para os miúdos, mas à conta de algumas palavras mais meigas, perceberam que nem sempre é fácil perder um amigo, mas às vezes é melhor do que obrigá-lo a sofrer durante sabe-se lá quanto tempo e vê-lo em agonia permanente.
Como as crianças são prespicazes e fazem perguntas difíceis, logo estabeleceram a analogia com um familiar que tem feito quimioterapia, e que sofre há bastante tempo. Tentamos explicar que nos humanos é diferente, que temos sempre a esperança de uma cura para nós. Depois desta explicação esfarrapada, vem mais uma pergunta, que nos deixa desarmados. Querem dizer, então, que os médicos das pessoas são melhores que os médicos dos animais?
Não, apenas quer dizer que os humanos acreditam que se podem salvar até ao último momento, nem que para isso tenham de sofrer e fazer sofrer os outros. Sei que não consegui convencer os miúdos, nem a mim próprio.
Para quando a discussão da Eutanásia sem preconceitos e desculpas da ética e da religião?
Um grande bem haja a todos aqueles que têm a coragem de decidir e optar pelo que racionalmente parece ser a melhor opção, ainda que emocionalmente, traga muitas dores e apertos no coração a quem a toma.
Ao Brutus, que está no céu, e não gosta de ver ninguém a chorar, envio uma festa meiguinha que tenho a certeza que vai gostar de receber.
De
patti a 26 de Janeiro de 2009 às 14:14
Lamento muito a perda, Pedro. Também já passei por fazer essa opção e sei que dói muito, mas é muito pior ver um animal amigo a sofrer.
Quanto à eutanásia e antes de se falar dela neste país, deveriamos falar primeiros de cuidados paliativos.
São um direito de todos nós, tal e qual como a vacinação, onde a dignidade de alguém que está às portas da morte é tida na maior das considerações.
O sofrimento físico e psicológico é diminuído ao mínimo e temos uma morte digna e spbretudo sem sofrer, sem dores.
Falar de eutanásia antes de possuirmos os cuidados paliativos que qualquer ser huamno merece, é mais uma estupidez e a fuga ao problema deste governo. E o povo vai no engano.
Num estudo feito há poucos meses, concluiu-se que é diminuto o nº de pessoas que já ouviu falar de cuidados paliativos, para que servem e se até existem em Portugal.
É o país que temos, onde todos desconhecem os seus direitos e deveres.
Ninguém quer morrer, Pedro, as pessoas só não querem é acabar os seus dias a sofrer, despejadas numa cama de hospital. Pergunta a qualquer doente que tenha cuidados paliativos se quer optar pela eutanásia.
Um dia, falo dos cuidados paliativos no Ares. Por enquanto deixo-te este link:
http://www.apcp.com.pt/index.php?n=cuidados-paliativos&cod=79&subCat=79
Cara Patti,
aproveitando o teu contributo. fui ao site da apcp e retirei de lá dois textos, um sobre a Eutanásia e outro sobre os Cuidados Paliativos, para que os leitores do Vila Forte possam assim contribuir com os seus comentáriso de uma forma mais esclarecida.Não quero no entanto deixar de relevar o teu comentário, bem como a necessiade da discussão destes temas na nossa sociedade.
Patti
Estou de acordo consigo, falta muito por fazer nos cuidados paliativos, mas há sempre um fase em que os cuidados paliativos já não servem, uma fase em que apesar de todos os cuidados a pessoa já não vive, apenas existe.
Os avanços na medicina são cada vez maiores, chegará a altura em que com cuidados paliativos se conseguirá manter a pessoa vida eternamente... e então, as pessoas existirão enternamente?
Eu acho que a discusão é necessária sim, porque se é verdade que ninguém quer morrer, também é verdade que ninguém quer viver eternamente como um vegetal... isto para não falar que os animais também não devem querer morrer, porque é que somos tão rápidos em aceitar o scacrificio do Brutus e colocamos tantos entraves quando se trata de pessoas?, não somos todos seres vivos?
Jorge
De
patti a 27 de Janeiro de 2009 às 16:55
Jorge, atenção que eu falei em DIGNIDADE enquanto houver vida consciente, mesmo que ela já tenha uma data marcada para o seu fim.
Vegetar não é viver com dignidade.
Aí sim a eutanásia terá talvez o seu papel. Mas ainda assim, se a pessoa vegeta quem decide por ela, a morte assistida? A meu ver, a eutanásia, só deve ser permitida com a autorização do prórpio.
Patti, um caso prático:
Um acidente de viação, lseões graves, a pessoa fica em estado de coma profundo durante meses, a familia sofre , a pessoa vegeta e assimperdura por tempo indeterminado, a pessao jamais pensou na Eutanásia e não há a tal permissão, a familia tem ou não direito de mandar desligar a "máquina"? em minha opinião,sim.
De
patti a 27 de Janeiro de 2009 às 20:27
Oh Pedro, claro que sim. Mas isso é tudo muito subjectivo, acha que a lei irá prever todos os casos possíveis? Óbvio que não.
Eutanásia: Afinal de Que Falamos?
Para alguns a eutanásia é a resposta correcta para o sofrimento insuportável das pessoas que, tendo doenças incuráveis e numa fase final da sua vida, entendem não querer continuar a viver.
A eutanásia inclui sempre o acto de provocar a morte numa pessoa gravemente doente, no fim da sua vida, e a pedido desta. Os seus defensores dizem que é uma resposta a reservar apenas para situações excepcionais.
A eutanásia não é a recusa de tratamentos desproporcionados, ditos fúteis, e a eutanásia não é a suspensão desse tratamentos. Com efeito, a recusa ou suspensão de tratamentos desproporcionados é uma boa prática médica, já recomendada e aprovada recentemente em código deontológico. A eutanásia também não é a adminsitração de medicamentos opióides e sedativos, quando a intenção é aliviar o sofrimento. Por outro lado, é inútil associar a eutanásia a vagos conceitos como “morte assistida”, “morte digna”, “boa morte serena”, pois isso só contribui para confundir a opinião pública, com expressões que são tópicos sentimentais e susceptíveis de aludir a muitas outras actuações, de âmbito e natureza diferente da da eutanásia.
A realidade do sofrimento em fim de vida preocupa e assusta, e isso é natural e compreensível. Todos queremos garantir para o final dos nossos dias a tranquilidade de um tempo sem dores, sem mal estar, e encerrar serenamente a nossa vida, em paz connosco, com o mundo e com os que nos são queridos.
Os que trabalhamos com doentes em fim de vida e seus familiares sabemos que a larga maioria nos diz “Eu não tenho medo de morrer, tenho é medo de sofrer!”. As pessoas querem habitualmente viver, viver com dignidade, e só um sofrimento insuportável as fará desejar morrer, e mais, as fará desejar que as matem.
Os portugueses precisam saber que têm hoje uma resposta técnica e humanizada da Medicina para essas situações de sofrimento e que se chama Cuidados Paliativos. Estes cuidados de saúde, prestados por equipas de profissionais e voluntários devidamente especializados, promovem a qualidade de vida e a dignidade, respeitam a vida (não a encurtam) mas também respeitam a inevitabilidade da morte (e por isso não prolongam artificialmente a vida).
Isto é: no mundo actual e moderno, a Medicina tem meios para mitigar o sofrimento humano, não o deixando tornar-se intolerável, e sem manter as pessoas vivas a qualquer custo. Esta é uma resposta não para casos excepcionais, mas “a” primeira resposta nos cuidados de saúde para os que têm doenças graves e incuráveis, que pode e deve ser prestada muito antes dos últimos dias de vida.
Se não houver acesso e, sobretudo, se não houver informação sobre Cuidados Paliativos, a escolha sobre o que queremos para o fim dos nossos dias será feita de forma imperfeita e deturpada, sem estar na posse dos mais recentes dados sobre a matéria. Não se trata de contrapor a “alternativa Cuidados Paliativos” à “alternativa eutanásia”: qualquer que seja a nossa posição sobre a eutanásia, todos devemos ter acesso aos Cuidados Paliativos. Demos aos Cuidados Paliativos, enquanto Direito Humano, o lugar universal que lhes está reservado.
Um recente estudo pioneiro, de representatividade nacional, promovido pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (ver www.apcp.com.pt), demonstra que 2/3 dos portugueses desconhece a existência e as práticas dos Cuidados Paliativos. Curiosamente, nesse mesmo estudo, nos indivíduos inquiridos – que representavam a realidade nacional –, 50% dos que se assumiam a favor da eutanásia diziam que mudariam essa posição se tivessem a garantia de que a Medicina não os deixaria em sofrimento intolerável. Estes factos revelam um nível de desinformação preocupante e justificam, por si só, mais e melhor informação para os portugueses sobre estas matérias.
Só pode haver debate sobre um tema se houver conhecimento alargado sobre ele. Importa, pois, colocar toda a informação disponível ao serviço do público, com rigor e verdade, evitando abordagens sensasionalistas. A importância do tema nas nossas Vidas, o respeito pelos mais vulneráveis e, sobretudo, o respeito pela opinião pública e o dever de a informar, justificam-no.
Oxalá possamos assistir a essa mudança.
CUIDADOS PALIATIVOS: O QUE SÃO?
Apesar de todos os progressos da Medicina na segunda metade do século XX, a longevidade crescente e o aumento das doenças crónicas conduziram a um aumento significativo do número de doentes que não se curam. O modelo da medicina curativa, agressiva, centrada no “ ataque à doença “ não se coaduna com as necessidades deste tipo de pacientes, necessidades estas que têm sido frequentemente esquecidas.
A não-cura era ( e frequentemente ainda continua a ser ) encarada por muitos profissionais como uma derrota, uma frustração, uma área de não-investimento. A doença terminal e a morte foram “hospitalizadas” e a sociedade em geral aumentou a distância face aos problemas do final de vida. As questões em torno da morte – e que interessam a todos - constituem ainda hoje um tema tabu.
O movimento moderno dos cuidados paliativos, iniciado em Inglaterra na década de 60, e que posteriormente se foi alargando ao Canadá, Estados Unidos e mais recentemente( no último quarteirão do século XX ) à restante Europa, teve o mérito de chamar a atenção para o sofrimento dos doentes incuráveis, para a falta de respostas por parte dos serviços de saúde e para a especificidade dos cuidados que teriam que ser dispensados a esta população.
Os cuidados paliativos definem-se como uma resposta activa aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de prevenir o sofrimento que ela gera e de proporcionar a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e suas famílias. São cuidados de saúde activos, rigorosos, que combinam ciência e humanismo.
Apesar da pertinência da resposta advogada pelos cuidados paliativos para as questões em torno da humanização dos cuidados de saúde e do seu inequívoco interesse público, o certo é que hoje, no início do século XXI, este tipo de cuidados não está ainda suficientemente divulgado e acessível àqueles que deles carecem.
No nosso país, mais concretamente, podemos dizer que os serviços qualificados e devidamente organizados são escassos e insuficientes para as necessidades detectadas – basta lembrar que o cancro é a segunda causa de morte em Portugal, com uma clara tendência a aumentar. Para além disso, importa reforçar que os cuidados paliativos são prestados com base nas necessidades dos doentes e famílias e não com base no seu diagnóstico. Como tal, não são apenas os doentes de cancro avançado que carecem destes cuidados: os doentes de SIDA em estadio avançado, os doentes com as chamadas insuficiências de orgão avançadas (cardíaca, respiratória, hepática, respiratória, renal) , os doentes com doenças neurológicas degenerativas e graves, os doentes com demências em estadio muito avançado. E não são apenas os idosos que carecem destes cuidados – o problema da doença terminal atravessa todas as faixas etárias, incluindo a infância. Estamos , por isso, a falar de um grupo vastíssimo de pessoas – dezenas de milhar, seguramente - , e de um problema que atinge praticamente todas as famílias portuguesas.
Que pretendemos oferecer aos doentes na fase avançada e terminal das suas vidas, sobretudo quando temos presente que 90% das mortes ocorrem após doença crónica e avançada ? Como poderemos difundir e implementar cada vez mais a “resposta-cuidados paliativos” que, consensualmente, diminui bastante o sofrimento de doentes em fim de vida e seus familiares ?
Os cuidados paliativos NÃO são cuidados menores no sistema de saúde, NÃO se resumem a uma intervenção caritativa bem intencionada, NÃO se destinam a um grupo reduzido de situações,. NÃO restringem a sua aplicação aos moribundos nos últimos dias de vida e, pela especificidade dos cuidados, diferenciam-se dos cuidados continuados ( cuidados aos doentes com perda de funcionalidade ou dependentes) . Os cuidados paliativos NÃO são dispendiosos, NÃO encarecem os gastos dos sistemas de saúde, e tendem mesmo a reduzi-los pela melhor racionalização dos meios.
Só poderemos combater estas concepções incorrectas esclarecendo alguns conceitos:
Os cuidados paliativos deverão ser parte integrante do sistema de saúde, promovendo uma intervenção técnica que requer formação e treino específico obrigatórios por parte dos profissionais que os prestam, tal como a obstetrícia, a dermatologia, a ciru
....Só poderemos combater estas concepções incorrectas esclarecendo alguns conceitos:
Os cuidados paliativos deverão ser parte integrante do sistema de saúde, promovendo uma intervenção técnica que requer formação e treino específico obrigatórios por parte dos profissionais que os prestam, tal como a obstetrícia, a dermatologia, a cirurgia ou outra area específica no âmbito dos cuidados de saúde.
Os cuidados paliativos são cuidados preventivos: previnem um grande sofrimento motivado por sintomas ( dor, fadiga, dispneia ), pelas múltiplas perdas ( físicas e psicológicas ) associadas à doença crónica e terminal, e reduzem o risco de lutos patológicos. Devem assentar numa intervenção interdisciplinar em que pessoa doente e família são o centro gerador das decisões de uma equipa que idealmente integra médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais.
Os cuidados paliativos pretendem ajudar os doentes terminais a viver tão activamente quanto possível até à sua morte ( e este período pode ser de semanas, meses ou algumas vezes anos ), sendo profundamente rigorosos, científicos e ao mesmo tempo criativos nas suas intervenções.
Os cuidados paliativos centram-se na importância da dignidade da pessoa ainda que doente, vulnerável e limitada, aceitando a morte como uma etapa natural da VIDA que, até por isso, deve ser vivida intensamente até ao fim.
Os cuidados paliativos constituem hoje uma resposta indispensável aos problemas do final da vida. Em nome da ética, da dignidade e do bem estar de cada Homem é preciso torná-los cada vez mais uma realidade.
------------------
Achei também interessante a organização de um seminnáio sobre cuidados paleativos pediátricos.
Toda a informação nunca é demais e os blogues também devem contribuir para a discussaõ destes.
Têm a "tecla" os visitantes do Vila Forte.
Bem, eu ia apenas comentar a morte do Brutus. Sei bem quanto custa perder um animal com quem convivemos durante anos e como a dor custa a passar.
Como a Patti introduziu o tema dos Cuidados Paliativos e da Eutanásia e tu tiveste a amabilidade de trazer para aqui estes textos, atrevo-me a ir um pouco mais além no comentário.
Sou a favor da Eutanásia, ( em situações perfeitamente enquadradas) porque penso que todos temos direito a morrer com dignidade. Só a pressão da Igreja, sempre aniquilosada e distante dos problemas, impede que a Eutanásia se torne uma prática socialmente aceite sem rebuços.
Não estou muito informado sobre os Cuidados Paliativos, devo confessar. Acredito que em certas situações sejam uma forma de prolongar a vida sem sofrimento para o paciente, mas não estou em condições de ir muito além e não gosto de dar palpites sem fundamento.
Este post, no entanto, teve o mérito de me fazer pensar sobre o assunto. Quando tiver mais tempo, vou-me debruçar sobre esta matéria.
De
patti a 26 de Janeiro de 2009 às 15:49
Eu por razões que um dia contarei estou dentro do tema, Carlos e Pedro e por isso digo-lhe que digno é morrer sob os cuidados paliativos.
A eutanásia encerra em si aquele conceito de que depois de um vaticínio já não há nada mais a fazer. É falso. Há sim senhora, há o poder morrer com dignidade, sem sofrimento e dor, para nós e para os nossos familiares cujo apoio incansável dos serviços de cuidados paliativos, também a eles chega.
Ali a família não é nunca esquecida e não anda a vaguear pelos corredores dos hospitais a ver os entes queridos ligados a máquinas a definhar.
Outro erro em que se cai, é pensar que os C.P. são só para doentes terminais: falso! São também prestados em casos de doença prolongada, incurável e progressiva.
Em Portugal só existem 100 camas para cuidados paliativos!!! A média seria de 1000 camas, isto é 100 por cada milhão de habitantes. Daí se vê o atraso, mais uma vez da santa terrinha.
É preciso muito investimento, não só logístico, como técnico e profissional e o Estado como não está para isso, resolve cortar o mal pela raiz: eutanásia e pronto!
Só neste país é que é possível um governo se pôr a falar de eutanásia sem primeiro falar dos cuidados paliativos! E como o povo ignorante é, assim se mantém.
Feliz do "Brutus" que era assim amado!
De Anómico a 26 de Janeiro de 2009 às 17:42
A eutanásia sempre foi e creio que continuará a ser um tema polémico.
Cuidados paliativos nem todos infelizmente têm acesso a eles.
Em relação à pergunta que deixou num comentário do Simecq Cultura, informo que não é Alcobaça mas sim Oliveira de Azeméis.
Quanto ao Brutus...Passamos por uma situação idêntica com um lindo labrador negro de nome "Nobel". Este cão por tres vezes foi mencionado no nosso blog. A Fátima fez-lhe mesmo um "in memorian".
Volte sempre que queira.
De Anómico a 26 de Janeiro de 2009 às 18:17
Num comentário anterior, a propósito do seu Brutus, eu mencionei o Nóbel, um cão que passou por idêntica situação. Se o seu estado de espírito lhe permitir ler estes tres posts que menciono a seguir, no Simecq Cultura, vai ver que, afinal não está sozinho no seu amor pelos 4 patas e, em especial nesta fase de saudade pelo seu Brutus.
"Animais de estimação, uns sim...outros não"-14-4-2008
" A Zara veio conversar consigo" -26-5-2008
"Amigos especiais" -4-8-2008
"Uma história de ternura"- 17-11-2008
Espero que he faça bem esta leitura M.A.
De José Eduardo Ferraz a 26 de Janeiro de 2009 às 20:34
Pois é, são sempre horas tristes. Quem possui animais, sabe que a afeição que eles nutrem por nós é incomensurável.
A sua vida é no entanto bem mais curta que a nossa e por isso quando nos despedimos deles é sempre com grande sofrimento.
Quanto à extrapolação feita no post para os humanos, é sempre difícil.
No entanto para não fugir ao repto, aqui quero expressar também a minha opinião.
Como crente, penso que não devemos ter a pretensão de queremos substituir Aquele que nos criou. Sou pois contra a eutanásia ( embora não atire pedras, em algumas situações extremas). Penso no entanto que por vezes queremos prolongar demais a vida das pessoas, sujeitando-as e às famílias a grande sofrimento. Resumindo Eutanásia NÂo, distanásia também Não
De Inês a 26 de Janeiro de 2009 às 21:51
Estava a sofrer muito e nós sem poder ajudar. Um grande amigo perdi. Uma dificil decisão se tomou. Um grande momento vivi, dificil, complicado e sem palavras para descrever. Ali nos meus braços ficou, com o cair das minhas lágrimas, com uma tristeza profunda. O seu olhar no meu e eu abracei-o ainda com mais força. Não esqueço. Descansa em paz doce amigo.
Comentar post