Muito se tem comparado o que resulta do PEC com o que era dito há apenas seis meses, na última campanha eleitoral. Nestes últimos dias muitas frases de Sócrates têm sido recordadas. Eis algumas:
· "Aumentar os impostos? Era só o que faltava. Numa altura em que o país enfrenta uma crise destas, acha que proporia aumentar os impostos?”
· “Acabar com as deduções fiscais conduziria a um aumento fiscal brutal para a classe média”.
· “Nós temos de modernizar as nossas infra-estruturas. Nenhum país desiste disso, em particular num momento de crise.”
Claro que uma mudança tão radical em tão pouco tempo não abona em nada a credibilidade política dos protagonistas. Por muito que estejamos habituados à mentira eleitoral e que já a tenhamos por inevitável. Por muito que a classe política se esforce por banalizar a mentira e o incumprimento eleitoral. Por muito que ainda agora, no congresso social-democrata, tenhamos visto um congressista aqui da nossa região, desfrutando dos seus dez minutos de glória (cada um tem os que merece!), proclamar, com o crédito de quem ganha sucessivamente eleições há 24 anos, que sem mentir não as teria ganho, e que tenhamos achado esta afirmação a menos disparatada de todas as que produziu.
Mas, quando perante o evidente aumento da carga fiscal, o governo afirma que não há qualquer aumento de impostos, já não é de descrédito que se trata. Quando o primeiro-ministro afirma que “…podíamos ter escolhido o caminho fácil de aumentar os impostos mas escolhemos o difícil de reduzir a despesa”…” não só vemos razões para desacreditar como para deixar cair as últimas réstias de esperança.
À crise económica, financeira e social que nos devasta junta-se a pior de todas: a crise de esperança.
A esperança roubada por um governo que escondeu a realidade até mais não, mostrando-a apenas quando já não a podia esconder mais e como se nada tivesse a ver com ela, impingindo-nos a história da "crise internacional". Que nos dá como solução um PEC que não tem soluções, que não mexe no que é estrutural e se limita a reafirmar um Estado predador. E insaciável, apenas com olhos para a receita: aumentos reais de impostos e venda dos últimos anéis que ainda sobram. A privatização da REN e dos CTT assim, sem mais nem menos e apenas porque é preciso fazer dinheiro, é inaceitável. É mais do mesmo, não é privatizar, é transferir monopólios para os privados, que não é bem a mesma coisa, como estamos fartos de sentir na pele!
Uma esperança roubada por mais sacrifícios sem perspectivas, sem um desígnio, sem horizontes, sem sequer luz ao fundo do túnel!
Uma esperança roubada por uma oposição que espera pela alternância sem preocupação de se afirmar como alternativa, que se entretém em jogos florais à espera que chegue a sua vez. Que o poder lhe volte a cair no colo para o distribuir pelos seus, pelos muitos que, órfãos (de poder), famintos e desesperados, se empurram e atropelam pelo melhor lugar na lista… Numa das muitas listas que hão-de vir!
@joaopcastro: Na semana passada, os PIGS contaminaram os FUKD (France, UK, Deutschland). Não acredito q seja primeiro a lembrar-me disto
Primeiro atrapalharam-nos na adesão à CEE, e acabaram mesmo por nos deixar para trás, entrando primeiro …
Vinte anos depois estragaram-nos a festa (de arromba) e, sem jogar nada, lá nos levaram o caneco, deixando-nos a olhar para as bandeiras desbotadas a cair das janelas…
Agora dão-nos cabo da cabeça … porque não querem estar sozinhos. E, para nosso azar, não sabem que, na sabedoria deste povo, mais vale só que mal acompanhado!
Já passamos por muito. Mas é agora que nos vemos gregos!
@joaomiranda Hoje Sócrates vai receber muitos telefonemas dos presidentes das empresas do PSI20
Prof. António Câmara - Palestra
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