Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2010

Envolvimento Escola/Família

 

Se antes o papel do Professor/Escola era transmitir conhecimentos e desenvolver capacidades intelectuais e o dos pais era sobretudo assegurar o bem-estar físico e afectivo das suas crianças hoje tal já não é verdade, ou melhor, não deve ser verdade.
O papel dos pais e professores entrecruza-se e complementa-se sendo a escola também um espaço de vida emocional das crianças e adolescentes onde é fundamental um envolvimento activo e informado dos pais para o desenvolvimento saudável e equilibrado da Criança como Aluno e como Pessoa. Os pais são essenciais à escola porque ajudam a definir prioridades e fazem força em conjunto para a resolução de problemas, e importantes para os professores porque ajudam a compreender melhor o aluno e a encontrar soluções para as dificuldades.
Os professores são importantes para os pais porque podem dar o alerta para dificuldades sentidas no campo escolar e emocional dos seus filhos.
Confesso que, pelo que vou constatando este envolvimento escola/família, muitas vezes, não é nem informado, nem activo e muito menos positivo. Mais do que apontar responsabilidades que são, sem dúvida alguma, partilhadas, é crucial reflectir sobre esta dinâmica.
Como mãe não irei permitir ser chamada à escola apenas para ouvir dizer mal dos meus filhos, para ouvir falar apenas dos seus falhanços como alunos e como pessoas, exigirei igualmente que seja informada do que fazem de bem, porque verdadeiramente não acredito que uma criança faça SEMPRE tudo mal, se comporte SEMPRE mal, mas acredito que ao longo do tempo quando sente que apenas são esperadas dela coisas menos positivas e essa é a única forma que tem de chamar à atenção e ser notada com toda a certeza irá corresponder ao rótulo. Aqui os pais têm um papel determinante para a contribuição da adopção de um discurso mais positivo por parte dos professores, deverão ser mais exigentes, mais colaborantes e mais informados, porque como pais não podemos impedir os nossos filhos/alunos de sentirem frustração face aos insucessos ou dificuldades mas podemos e devemos impedir de se sentirem derrotados ou totalmente incompetentes.
Infelizmente muitas são as vezes que as crianças são rotuladas pelos adultos como  insuportáveis, irremediavelmente mal comportadas, etc etc e eu pergunto o que já foi feito para que algo possa ser diferente? Em casa estas crianças muitas vezes não têm modelos afectivos nem educativos e na escola? O que fez a escola para ser um modelo positivo? Mostrou que acredita nela enquanto pessoa e enquanto aluno? Mostrou que acredita que poderá ser diferente? Mostrou-lhe algum afecto genuíno? Mostrou-lhe outros modelos de comportamento, ou também, tal como em casa, se grita, pune desadequadamente face ao acto e à idade, se mostra que não se acredita neles, que não têm valor, etc, etc? Sabem… já dizia Grayon “Como melhoram as pessoas depois de começarmos a gostar delas…”. O rótulo atribuído tem uma enorme probabilidade de ser confirmado e as crianças corresponderão ao que é esperado delas, de positivo ou negativo.
O sucesso escolar depende muito mais de factores afectivos, sociais e motivacionais do que das competências cognitivas e parece que nos meio disto tudo todos os agentes envolvidos se esquecem disso.
Aproveito para apaziguar a inquietude de quem pode sentir que estou a desvalorizar o papel difícil dos professores e da escola. Não, não estou! Reconheço-lhe um inestimável valor, mas por isso mesmo acho que devemos todos reflectir e juntos encontrar e partilhar soluções para aproximar as duas faces de uma mesma moeda. Devemos todos ser mais exigentes, com os professores, escola, famílias, autarquias…
Deixo apenas algumas perguntas para reflexão partilha e de opiniões:
- Será que os pais se juntam para reflectir sobre o seu papel na escola e na vida dos seus filhos e assim em conjunto encontrar meios para melhorar esta relação e os resultados da mesma?
- Podemos potenciar o papel das associações de pais?
- Estão criados instrumentos de ligação escola/pais?
- Será que é difícil promover nas escolas sessões de promoção de competências parentais e educativas?
- Estão criadas equipas de ligação Escola/Família (por exemplo, constituídas por pais, professores, técnicos) que permitam aumentar a participação, responsabilização e transmitir modelos positivos?
- O clima na escola é aberto e amistoso para os pais?
estou:
Terça-feira, 15 de Dezembro de 2009

A 2ª Língua

A aprendizagem de uma 2ª língua, no pré-escolar, é necessário e cada vez mais uma mais valia para as próximas gerações, mas não estaremos a comprometer o saudável crescimento da infância, que privilegia ou privilegiava as brincadeiras no recreio, as imitações do mundo dos adultos, das suas profissões, etc?
Sou surpreendido pela minha princesa, mais nova, a 2 anos do 1º ano, do 1º ciclo, com algum vocabulário em inglês, e respectiva tradução na sua língua mãe. “Ó pai, sabes como se diz cão em inglês? E gato? E mãe? E professora?” As perguntas desfiam-se umas atrás das outras, e vejo a sua avidez na aprendizagem, com gosto e satisfação, especialmente por lhe confirmar a exactidão dos vocábulos que vai atirando para mim, o que me deixa tranquilo, por enquanto.
Na qualidade de pai e responsável de educação, considero uma excelente aposta e um investimento de sucesso. A velocidade a que correm os nossos dias não se compadece com acomodação e carece, cada vez mais de inovação e novas abordagens à educação, entre outros.
Mas, será que não lhe estarei a roubar tempo de brincar com as suas bonecas e com os seus amigos? Será que a nostalgia dos velhos tempos de escola, onde ainda imperavam os quadros de ardósia pretos e os soalhos de madeira, me está a tingir as ideias?
O tempo desta nova geração não é o mesmo das gerações anteriores. As horas não são as mesmas e as actividades curriculares, extra-curriculares e recursos não são sequer comparáveis entre si.
O futuro será o que de melhor soubermos fazer.
O destino da minha geração? Provavelmente os meus netos terão algumas dificuldades em interagir comigo. Logo se verá …
 

Segunda-feira, 16 de Novembro de 2009

Salazamagalhães (recebido por mail)


 

...e se era apanhado a limpar o "écran" com a manga da camisola, levava um  "calduço".
...e se me queixasse em casa de que a professora me tinha dado umas reguadas (raramente o fazia e apenas se merecidas) ainda levava mais.
... e as escolas tinham um aspecto limpo (que ajudávamos a manter aos sábados de manhã - não era considerado trabalho infantil) não tinham grades nem sequer  muros altos, e tinham uns canteiros de flores a que retirávamos as ervas daninhas uma vez por outra, sob orientação do/da prof. também aos sábados de manhã. Chamavam-se actividades circum-escolares....
...e não havia processos de alunos e/ou pais contra prof's que eram muito respeitados, por ajudarem a educar os filhos.
 

 
 

Terça-feira, 25 de Novembro de 2008

Prémio Nacional do Professor

«"Eu estou incondicionalmente a favor de ser avaliada". E gosta deste modelo? "Há nele alguns problemas ainda por resolver...", concede, preferindo pôr-se no lugar de entrevistadora: "Foi decidido que, afinal, os resultados dos alunos não contam para a avaliação. Se não contam, é porque, afinal, não são muito relevantes. E se não são, por que é que hão-de ser levados em conta mais tarde?". Depois, recuperando a cautela, ressalva: "É uma incongruência que não consigo perceber, mas, se calhar, é uma dificuldade minha".»


Excerto de um artigo do Público sobre a atribuição do Prémio Nacional do Professor a Jacinta Moreira que lecciona na Escola Carolina Michaëlis

Ao ler o artigo acho que a professora está quase incomodada com este prémio. No mínimo não está radiante. 

Cada escola terá a sua cultura organizacional, mas olhando para a ideia que tenho de um estabelecimento escolar dito normal, palpita-me que este prémio em vez de estimular as boas práticas poderá ser o ponto de partida para que Jacinta Moreira seja discriminada pelos colegas.

Num sistema de ensino em que os resultados dos alunos não contam para a avaliação não faz sentido existir um prémio como este. Ou se premeia o mérito e isso aplica-se aos alunos e passa por uma avaliação responsável com quadro de honra afixado, ou então conduz-se bons, médios e maus para dentro dos 'curros' da medianização.

Sexta-feira, 31 de Outubro de 2008

Palestra com o Prof Júlio Pedrosa

Para quem não esteve presente, ou para ouvir de novo aqui fica o registo audio da Palestra do passado dia 24 de Outubro, com o Prof. Júlio Pedorsa.

Este registo ficará sempre disponível aqui ao lado.

Logo que estejam editado as imagens da ZonaTV também aqui terão um espaço, assim como contamos disponibilizar brevemente o registo audio da palestra do Prof. António Câmara.

Espero que gostem.

 

Quarta-feira, 29 de Outubro de 2008

A escola pública

«No secundário não há nenhuma escola pública entre as 15 com as melhores classificações.»


Público, hoje

Quarta-feira, 22 de Outubro de 2008

“autarquias devem passar do seu projecto de rotundas para a Educação”.

 

Prof. Doutor Júlio Pedrosa

 

O  Professor Júlio Pedrosa é um pensador da Escola e da sua relação com o meio onde se insere e  com as famílias.

Todos nós nos preocupamos com a educação dos nossos filhos, deste modo deixo alguns links sobre o pensamento do Professor Júlio Pedrosa sobre esta temática e faço de novo o convite para estarmos a debater esta questão,educação dos nossos filhos,sexta feira na Ecoteca em Porto de Mós às 21 horas.

 

O Professor Júlio Pedrosa em 2004 para o Comércio do Porto falou das Autarquias e sua responsabilidade na Educação.

 

Professor Júlio Pedrosa, coordenador no projecto "A escola em casa", explica ao "família Cristã.com" os principios deste projecto

 

 

Entrevista do Professor Júlio Pedrosa à RR e ao Jornal "Público" no canal 2 da RTP

 

Parecer, do CNE,sobre o projecto de decreto -lei «Regime jurídico

de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos

da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário»

 

Terça-feira, 14 de Outubro de 2008

A primeira reunião de Pais

Ontem houve a 1ª reunião de Pais,deste ano lectivo, da escola onde está o meu filho.Primeira surpresa, a quantidade de Pais presentes, de 33 turmas estavam representadas 28, segundo o Presidente da Associação de Pais  foi a mais representativa de sempre.Depois fiquei muito agradado como correu a reunião, sem muitos ruídos de fundo,conversas paralelas,houve uma exposição clara e frontal dos problemas da escola e da Associação de Pais, por parte do Presidente, aos pais "caloiros".Já me esquecia, começou à hora marcada,nem mais um minuto.

Mas a maior surpresa foi quando surgiu o Conselho Executivo, o seu Presidente um Professor jovem, não tem mais de 40 anos, fala claro, daqueles em que todos se calam para o ouvir...

Gostei do que ouvi, ficou claro para mim que os problemas de que se fala que aquela escola tem,está inserida num área geográfica da cidade com muitos problemas sociais,não são para esconder debaixo do tapete, mas para serem encarados de frente.Senti que há uma sintonia perfeita entre pais e conselho executivo,diria mesmo cumplicidade.

Chegada a hora de os pais aderirem aos novos orgãos sociais para a Associação de Pais, obviamente disse PRESENTE.

Fui para casa muito mais optimista em relação à opção tomada, pela família, em relação à ida do João para aquela escola, ainda bem.

publicado por Pedro Oliveira às 07:48

editado por Paulo Sousa em 28/10/2008 às 14:21
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