Depois do Kosovo ter declarado unilateralmente a independência da Servia a 17 de Fevereiro, Portugal mostrou-se cauteloso com o reconhecimento da sua independência. O assunto é delicado e o precedente incomoda outros países com regiões independentistas como é o caso de Espanha.
O facto do Kosovo se tratar de um país maioritariamente muçulmano e da Servia pertencer aos países da esfera de influência da Rússia, terá pesado para que a sua independência tivesse o apoio dos EUA desde a primeira hora. A administração americana de uma só vez consegue um aliado muçulmano, que não lhe negará fidelidade, e afronta a influência russa na região. Ao fazê-lo passa a bola à UE que terá de gerir um dossier explosivo. Se for bem sucedida, o que acontecerá se o reacendimento do conflito for evitado, sairá politicamente reforçada. Mas este tipo de questões dependem muito do empenho do país que preside à UE e a rotatividade cria facilmente uma intermitência de intenções que não é favorável ao sucesso. A entrada da Sérvia na UE poderá ser uma moeda de troca para arrefecer os ânimos nacionalistas, mas tudo dependerá dos líderes políticos e da vontade dos sérvios em se juntar ao confuso clube dos 27.
Desde Fevereiro que Portugal sempre assumiu que iria reconhecer a independência, sem concretizar quando. Os líderes sérvios não ficaram assim surpreendidos pela posição tomada ontem pela diplomacia portuguesa, que até por um questão de alinhamento diplomático com os restantes Estados Membros da UE era inevitável.
A independência do Kosovo não se poderá desligar, antes pelo contrário, da questão georgiana. Após o excesso do Presidente da Geórgia em ocupar militarmente a Ossétia do Sul e a Abkhazia, a Rússia agiu apoiando igualmente os independentistas fazendo comparações com o caso do Kosovo.
O xadrês joga-se por isso em vários tabuleiros.
A decisões da diplomacia Portuguesa ultrapassam largamente as questões politico-partidárias. Pelas razões apresentadas ontem no Parlamento pelo portomosense Luis Amado, concordo com o reconhecimento da independência do Kosovo.
Prof. António Câmara - Palestra
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