Segundo um estudo realizado pela Universidade do Minho, a violência entre casais homossexuais é maior do que nos heterossexuais.
É impressão minha, ou alguém comparou a não aceitação do casamento gay com o apoio à violência doméstica?
Pedro, esta é para ti. 
Boa tarde, depois de mais uma ida a Lisboa por questões profissionais, tenho muito gosto em responder a um post dedicado em exclusivo a mim, como se eu fosse um gajo muito importante no geral e como defensor dos casamentos gay em particular, Obrigado Paulo pela distinção. Não sei se é imprssão tua ou não, mas quem referiu a questão da violência doméstica nos debates fui eu, e essa questão é simples, violência doméstica pressupõe reconhecimento de uma ligação formal e reconhecida por lei e como tal, vejo como bom esse teu reconhecimento legal e formal, casamento,ainda que ás "escondidas", igual ao teu, para que a violência doméstica entre homosexuais também seja considerada crime público e como tal ser fácil denunciar(res) estes factos a quem de direito.
De realçar que um partido que quer legalizar o direito ao casamento homosexual, no caso PS, seja o mesmo que dê instruções para que os homosexuais, do sexo masculino, não possam dar sangue, os heterosexuais que vão "ás meninas" e que tenham várias parceiras, são machos latinos e o sangue deles é imune...Santa ignorância deste País, não é Paulo?
De Maria Antonieta a 20 de Julho de 2009 às 19:29
Santa ignorãncia mesmo.
Boas Pedro,
Exactamente por teres sido tu a trazer a violência doméstica à conversa num debate sobre os casamentos gay (o que na altura achei despropositado) refiro agora este estudo como confirmação que de facto uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Recapitulando o debate, comparaste a não aceitação dos casamentos gay (como se de um grande salto em frente civilizacional se tratasse) com o apoio à violência doméstica. Segundo essa lógica ou rejubilo com a violência doméstica (o que não é verdade) ou resta-me apoiar os casamentos gay. Não faz sentido colocar a coisa nestes termos e este estudo confima isso.
Ainda sobre os estudo seria curioso ver que os casais gay eram iguais aos outros (caso a incidência dos casos de violência doméstica fosse idêntica), mas afinal ainda são mais iguais que os ditos normais...
Fica apenas o alerta aos defensores dos casamentos gay. Em próximos debates sobre o assunto, não usar a expressão recorrente de que o amor não escolhe sexos, pois pelos vistos em quase 40% dos casais gay além de amor existe também insultos, ameaças e cachaporra. É pena.
Errado Paulo!
No debate perguntei tão somente porque é que o Presidente da Câmara de Pombal tinha aquela posição com a qual concordaram e ele não falou por exemplo na existência também de violência doméstica nos casais heterosexuais.Este estudo só vem mostrar que infelizmente,esta questão da violência doméstica nada tem que ver com orientações sexual e sim com os nossos indices de educação,valores, entre os quais o respeito pelos os que nos são mais próximos, ou simplesmente pelos outros.
Quanto ao tema Paulo, acho que ficaram claras as nossas profundas diferenças e acho que não vale a pena continuarmos neste "despique" porque nem tu vais mudar de opinião, nem seguramente eu.Espero sinceramente que o teu repudio veemente sobre violência doméstica entre gays,que fizeste bem em aqui denunciar se bem que o propósito não terá sido esse, seja o mesmo entre hetero e que denuncies qualquer um deles às autoridades competentes,é um dever de cidadão.
abraço
Olá Pedro
Acho que tu sabes o que eu penso sobre tudo isto.. a favor do casamento com quer que seja e contra a discrimninação seja ela qual for... enfrente.
Sou dador de sangue e ao contrario do que pareces dizer, não é verdade que eles aceitem sangue de qualquer promiscuo... uma das perguntas que fazem, para além dos gostos sexuais, é sobre relações com prostitutas ou promiscuas nos últimos seis meses... nunca disse que sim, mas imagino que se disser que sim, isso será motivo para não aceitarem a dádiva.
Abraço
Jorge Soares
O meu comentário teve como base uma polémica lançada a semana passada onde ouvi, várias pessoas,desde ministério da saúde,luta contra a Sida, ordem médicos, opus gay, comissária europeia saúde e a conclusão a que cheguei foi a que escrevi, ou seja, somos todos uns machos latinos,não dizemos a verdade na hora de dar sangue e os homosexuais só porque dizem que o são lhes é recusado o direito de dar sangue a quem precisa.
Mas penso que há muita gente que concorda com estes procedimentos....Afinal macho é macho!
De Joel a 20 de Julho de 2009 às 20:52
Não sou propriamente um defensor dos casamentos maricas, mas depois do comentário do Sr. Oliveira, diria que o Sr. Sousa perdeu uma excelente oportunidade para estar calado, toma embrulha.
Sobre este tema recebi um mail muito pessoal que fica só para mim, e o qual agradeço do fundo do coração, mas no entanto deixo aqui o poema que coloria ainda mais a garga emotiva do mail.MUITO OBRIGADO!!!
Lágrima de Preta
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
Gostei.
Rómulo de Carvalho, além de um professor de referência, um fantástico poeta.
O que eu acho francamente trágico é o seguinte: como pode a violência doméstica ser menos ou mais grave consoante o género de quem a pratica!!! ???
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