Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009

Falta um partido de direita?

«A direita continua desaparecida da vida política portuguesa. Como se o interdito "antifascista" lançado no 25 de Abril perdurasse. E dura e perdura. Apesar de passados 35 anos, que viram o fim da União Soviética e do comunismo, o descrédito do modelo socialista, o ressurgir das nações e da importância da nação e da religião - os valores da direita. E, the last but not the least, da reconhecida necessidade de um pensamento alternativo.

Porque há intelectuais e políticos de direita, militantes, publicações - e sobretudo eleitores - que se identificam com a direita. Mas não há um partido político onde estas pessoas se sintam representadas, sem ambiguidade nem oportunismo. 

A esquerda antifascista e o poderoso bloco de crenças, políticas, cumplicidades e interesses que lhe está associado, mantém os seus adversários neste estado de servidão, numa cidadania de segunda classe. Para além da bandeira da liberdade económica (de pouca importância a partir do momento em que a China e a Rússia e todos os comunistas, menos os portugueses, passaram a capitalistas), a esquerda impôs os seus valores como os únicos admissíveis e discutíveis em democracia. E toda a gente se deixou intimidar e reduzir ao silêncio.
Isto não seria possível se os partidos geometricamente na direita não contassem com o voto útil e o mal menor, grandes institutos da democracia e da mentalidade de um povo que se crê manhoso e paciente. E nos períodos eleitorais é sensível à retórica ordeira e roncante, para impressionar o burguês. 
No pós-25 de Abril e na repressão subsequente, fez sentido a recusa, à direita, de criar um "partido de direita", que seria um alvo cómodo e um abcesso de fixação para os antifascistas mais zelosos. E também para que as suas ideias pudessem ser passadas e espalhadas pelas várias forças políticas e não guardadas em redoma como um exclusivo de marca de origem. 
Mas hoje há um crescente absentismo dos eleitores e estão em jogo, outra vez, entre a dimensão da crise financeira e a questão nacional, coisas muito importantes. E falta uma alternativa ao activismo bloquista, que aparece como único desafio ao sistema.
Assim talvez faça sentido perguntar se os valores e princípios, alternativos aos dominantes, não terão, para ser efectivamente defendidos, de contar com pessoas e organizações que os assumam tal e qual. E com inteligência, coerência e legitimidade.»

 

Jaime Nogueira Pinto, jornal «i»

publicado por Paulo Sousa às 13:10
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19 comentários:
De Pedro Oliveira a 26 de Agosto de 2009 às 16:34
Sinceramente acho que sim, que esse partido devia ser o CDS que hoje em dia não passa de um partido unipessoal que não tem identidade ideologica, é que não gosto nada, mas mesmo nada de ver o PSD a ficar demasiadamente conservador.Não percebo, sinceramente como é que o Partido de Sá-Carneiro e Cavaco Silva (claramente centro-esquerda) tem nas suas listas alguém como Maria José Nogueira Pinto.
Enquanto o PSD não se centrar na sua matriz, dificilmente voltará a ganhar eleições legislativas pelas suas prospostas e mérito e não pela decadência do Partido Socialista
Por isso é que concordo com mais este texto do Pedro Correia e comentários:

http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/883133.html#comentarios

A questão é muito bem levantada, pois hoje em dia só o PCP é que, para o bem e para o mal, sabe o que quer e em que águas quer navegar.
De Rafael Marcelino a 26 de Agosto de 2009 às 17:53
Também achava que sim. Mas com este baboso Paulo Portas nunca vai desenvolver politicas. É mais virado para fanfarrices de feiras no defeso e quando pega algum rumo governativo vira-se logo para o mar (Submarinos ).Enfim...
Era preciso um Sr. como Lucas Pires, Freitas do Amaral,Adelino Amaro da Costa,Basilio Horta, goste-se ou não se goste, mas esta gente tinha algum carácter O problema foi a criatividade de Sá Carneiro nas suas boas intenções fazer a AD para juntar o eleitoralismo , daí que muitas das forças mais conservadores se instalassem no PPD-PSD e agora estão sem rumo. Como se diz; sem Rei nem Roque.
PSD-PPD com Sá Carneiro seria seguramente muito diferente do de hoje.
Se reparar-mos bem no elenco do PSD o mal não está só na figura MFL, é quem está a comandar por detraz a operações.
Já no CDS existe com muita clareza que o destino é traçado pelo seu lider.
De António carvalho a 26 de Agosto de 2009 às 19:38
O problema (Fantasma) que o Jaime N. Pinto coloca de falta de um partido de direita é só por uma razão. Ele nasceu e cresceu de acordo e prática com o regime fascista de Salazar e quando em 25 de Abril de 1974 ele estava em Moçambique, percebeu como muitos outros que a hipotese colonial sem colonialismo estava fora do baralho, regressou a Portugal e como bom nacionalista, continuou encostado a muita gente da pior espécie que Portugal conheceu, na esperança de que um golpe militar ou de outro tipo fizesse voltar Salazar sem Salazar ou Marcelo. Como a ex-URSS levou tempo de mais a cair e o comunismo (como ele diz) morreu, ele está desejoso de criar a ideia de um partido politico de in(direita). Acontece porém, que a ideologia sem prática que a suporte, não tem grande poder de criação e sobretudo em Portugal, por uma razão simples. Depois de aprovada a Constituição da Républica em 1976, os partidos de direita dura e fascista(MIRN- Kaúlza de Arriaga) CDS - (Direira ideológica) (PPD/PSD -centro e PS- Pseudo esquerda, com base nos excessos do PREC, como eles lhe chamaram, uniram-se na construção de um projeto politico, económico e social de matriz quase igualitário( Vejam-se os governos de coligações do PS, com o PSD e CDS e depois PSD/CDS ). Neste centrão à direita destes governos todos, digam lá qual deles governou a favor dos trabalhadores ou do tecido empresarial de pequena e média dimensão). Lembrar-se-ão da expressão de Mário Soares "temos que meter o socialismo na gaveta" ? Depois, deste funeral ideológico(aparente), só mesmo os pequenos e baixos truques de politica rasteira entre si se diferenciavam pelas caras e Televisões que lhe davam relevo (mais ou menos).
Como na atual legislatura o PS disse que recebeu a herança da "tanga" do Durão Barroso e Santana Lopes, atirou-se logo à crise do "déficit" para de seguida fazer ainda pior para os trabalhadores que o próprio PSD. Ataques a todos os sectores do trabalho e benesses a banqueiros e vigaristas, foram um regabofe. Com tais benesses ao capital, como poderia crescer a direita ideológica ? Nunca digo eu.! No meio desta euforia de novo riquismo, apareceram uma parte(se calhar pequena) das bancarrotas bancárias( BCP /BPP/ BPN) FUndos, Seguradoras e quejandos, a estragar a festa das grandes imagens de organizações de prestigio. Com tantas e gordas burlas, pensa ainda o Sr. Nogueira Pinto no partido da direita !?. Haja Deus que aceite tanta aldrabice politica. Então e depois em casa, como vai lavar a cabeça à sua Maria José Nogueira Pinto, ela que é tão intelectual e ideológica tão convita da social democracia, como da direita cristâ e conservadora do CDS e logo a seguir apoiar o socialista António Costa, em Lisboa ? Olhe que tem uma tarefa de gigante para convencer alguém que está a dizer verdades politicas.
De Paulo Sousa a 26 de Agosto de 2009 às 21:59
Amigo Carvalho,
Temos convicções diferentes do que poderia ser feito para termos um país melhor e também um mundo melhor, mas isso não nos impede de concordar que tanto a direita como a esquerda tem igual legitimidade para aspirar ao poder. Acho que em democracia a proibição de um qualquer partido é descabida, até pelo efeito contraproducente que uma medida dessas poderá ter.
Olhando para o que sa passa no resto da Europa, a composição do eleitorado português é única pelo peso que o BE e o PCP têm em conjunto. Gostaria que também no espectro político fossemos mais europeus, o que implicaria que a direita tivesse mais peso. Não me refiro à direita tradicionalmente refém do PSD (SOCIAL democrata) pois a génese da social democracia assenta exactamente no socialismo, nem ao CDS democrata cristão, que desde que pertence a Paulo Portas nunca mais deixou de ser um partido de nichos de mercado (a lavoura, os idosos, os ex-combatentes) e não um partido com uma base ideológica de claramente de direita, mas refiro-me sim a um partido que se assumisse mais ou menos conservador em termos sociais, mas acima de tudo mais liberal em termos económicos, que defendesse sem complexos a diferênciação pelo mérito, apostasse efectivamente na iniciativa privada o que implicaria uma menor intervenção do Estado na economia e e na sociedade em geral, um partido com coragem para apostar na competitividade fiscal como forma de atrair investimento e de potênciar as nossas exportações e assim criar riqueza e emprego.
Enquanto vivermos traumatizados com a ditadura, todos quantos acreditarem na direita são apelidados de fascistas, e isso é algo que só o tempo poderá corrigir, pois nem a esquerda é dona da liberdade nem a direita europeia que referi nada tem a ver com ditadura.
De Miguel a 26 de Agosto de 2009 às 19:47
Este senhor que escreve este texto, devia era com a sua esposa criar um partido de direita conservadora no sentido lato do termo, em vez de se encostar sempre aos outros e andar a mamar à nossa conta.Este senhor, muito próximo dos ideais fascistas devia ter direito a fazer um partido como tem o Louçã, assim as coisas fiacriam mais claras no espectro politico em Portugal, daí dar razão ao D.Alberto João.
O Sr. Marcelino tem razão, quanto ao PSD e o Sr. Pedro também, há muita gente,demasiada, que não sabe como foi fundado o PPD/PSD com que propósitos ideológicos e faz hoje do PSD uma caldeirada tal que até nem se preocupam que seja apelidado todos os dias de partido da direita.É um partido de esquerda, as setas do simbolo assim o indicam, da esquerda para o centro.Eu estou como muitos, este PSD não é o PSD que ganhou o povo quando era claro como água a sua mensagem, hoje é um saco de misturas confusas em que toda muitos nem sabem o que é ser verdadeiramente social democrata.Assim vai o nosso ideário, fascistas no PSD e sociais democratas no PS(socialistas, não há vias nenhumas).Ninguém se entende e são todos iguais, o que é mau,muito mau para a democracia, pois os tachistas são mais que as mães.As voltas que Sá Carneiro deve dar no túmulo.Sá Carneiro seria contra o veto de Cavaco em relação às uniões de facto e seria a favor da IGV, acho que diz muito, não diz?
De António carvalho a 26 de Agosto de 2009 às 23:32
Caro Paulo, a diferença entre a prática e a teoria, são um bom barómetro para arrumar claramente a questão de classificação de esquerda ou direita. Embora não sendo o único e exato aferidor desta premissa, ajuda muito a quem se interesse por optar por um voto ou por outro, com esta coerência. Afirmei à cerca de duas décadas que a discussão teórica de esquerda e direita, é muitas vezes uma questão cultural e não ideológica, é normalmente uma discussão esteril e inconsequente, porque sociológicamente essas diferenças não têm informação objectiva e sustentada nos programas politicos dos partidos e esses muitas vezes, têm os estatutos arrumados ao canto, só para meras sabatinas de retórica.
Como pensa que os cidadãos escolhem o seu sentido de voto !?`´E por diferenciação do programa ideológico ou mais exatamente por acantonamento sociológico! ? E as campanhas eleitorais, nomeadamente a comunicação social, põem em destaque esquerda ou direita, ou é mais uma correia de transmissão de valores de ordem económica!?
É lógico que todos os partidos aspiram a ser poder, mas considerar no mesmo prato da balança, um partido que têm no seu programa e estatutos práticas conducentes à execução de pessoas só porque são pretas, africanas ou de outras correntes de opinião, com um partido que aceita e exige o respeito por esses valores há uma grande distância. E se quer que lhe diga se esse partido deve existir legalmente, digo-lhe claramente que não. As eleições são um momento previligiado para o exercício da democracia, mas não o único, pois sabemos bem que foi com essas concepções pouco coerentes que Hitler chegou ao poder.
As ideologias não são só para satisfazer teóricamente um grupo ou estatuto social- São um instrumento doutrinário para executar politicas e naturalmente quem pensa que o capital deve comandar toda a actividade humana, não estará nunca de acordo com aquele que pensa que o Estado deve ser o primeiro fator de desenvolvimento social e económico dos seus cidadãos. Já reparou que a sua opção ideológica o leva sempre para os empresários e para a sua proliferação e que a Europa (Essa coisa que também existia há 50 anos) não nos ligava nenhuma e nos chamava de ignorantes de pé rapado?- Reparou por exemplo que tantos capitalistas e Srs. doutores exigiram tantas Universidades privadas neste paìs, mas nenhum pediu álvara para curso de medicina !? Custam muito, não é verdade! ? Até são mais baratos em Espanha e infelizmente, como lhe disse há dias, aí estão meus camaradas cubanos a prestar medicina pública por esse País.
O nada não é sempre preto, nem o tudo é sempre branco. E não haverá empresários são trabalhadores, nem trabalho sem investimento de capital, Resta saber quem quer dar tudo a uns e nada a outros ? Termino por aqui. Boa noite
De António carvalho a 26 de Agosto de 2009 às 23:50
Uma correcção - Em vez de "Não haverá empresários são trabalhadores", deve ler-se " não haverá empresários sem trabalhadores"
De Paulo Sousa a 27 de Agosto de 2009 às 14:25
Numa sociedade evoluída qualquer partido em cujos estatutos constem práticas conducentes à execução de pessoas só porque são pretas, africanas ou de outras correntes de opinião, não tem qualquer hipótese de chegar ao poder. Na história existiram outros partidos que sem o anunciarem previamente realizaram execuções em massa que constam entre os maiores crimes da humanidade. Aconteceu tanto à direita e à esquerda, sendo que falar de prática e de teoria não nos leva a nenhuma conclusão.
Concordo a vertente sociológica da motivação do sentido de voto, mais do que a vertente ideológica. O sucesso do Bloco de Esquerda que evoluiu do PSR (Partido Socialista REVOLUCIONÁRIO) será a prova disso mesmo.
De Pedro Oliveira a 27 de Agosto de 2009 às 11:17
Infelizmente, pois o PSD de hoje tem pouco que ver com o PSD de Sá-Carneiro de que todos falam à boca cheia,mas parece que ninguém segue, concordo com muito com o que escreve o Miguel.Deixo mais um link de um excelente texto de Pedro Correia sobre esta temática tendo como ponto de partida um pensamento de Paulo Rangel com o qual não me identifico:

http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/886764.html
De Eduardo Louro a 27 de Agosto de 2009 às 00:09
Da mesma forma que a esquerda tem um complexo de superioridade – de superioridade ética-moral e de sentido de progresso (que já aqui abordei noutra oportunidade) – a direita ideológica e clássica é cheia de complexos e fantasmas. Um complexo de superioridade aristocrática, muitos complexos de inferioridade e um enorme fantasma: o 25 de Abril. Um fantasma com 35 anos mas que não deixa de a perseguir, todas as noites, envolto num interminável lençol branco.

A direita aristocrática não se satisfaz nem se tranquiliza com um sistema que defenda os seus interesses, económicos ou mesmo culturais. Não se satisfaz com a derrocada das ideias socialistas e comunistas. Nem sequer, como vemos no texto de Jaime Nogueira Pinto, se conforma com a realidade chinesa que, afinal, sob a bandeira da foice e do martelo, dá corpo à mais brutal rotura do comunismo e à mais abominável referencia dessa direita: a sublimação das castas.

Não. Essa direita quer mais. Quer tudo isso mas elevado ao máximo expoente de nobreza e respeitabilidade. Com o reconhecimento unânime da sua superioridade de classe e com o reconhecimento inquestionável dos seus valores. Quer que o mundo não avance. Que pare, mudo e quedo em absoluta contemplação dos seus superiores valores. De preferência de joelhos e de mãos erguidas!

Essa direita não percebe a dinâmica das sociedades. Não percebe que há valores universais que se vão impondo à medida que a civilização progride. E que se uns são heranças históricas da direita outros nasceram a partir de ideais revolucionários e de esquerda. E, como não percebe nada disto, continua a reivindicar um partido de direita que nunca haverá de chegar. É o seu D. Sebastião!
De Paulo Sousa a 27 de Agosto de 2009 às 14:10
O pensamento e a governação de direita, que por exemplo a Espanha teve com o PP (que acredito que brevemente regressará ao poder) não é aristocrática nem tem qualquer superioridade que o PSOE não tenha. Além disso em Espanha não houve 25 de Abril mas houve ditadura de direita que durou até mais tarde do que a nossa.
Acha que a direita em Espanha, no poder tantos anos, não entende a dinâmica das sociedades nem os valores universais?
E será que o D.Sebastião que reivindico (maior criação de riqueza, melhor qualidade de vida) é assim tão diferente do D.Sebastião dos outros portugueses?
De Eduardo Louro a 27 de Agosto de 2009 às 17:05
Viva Paulo. Parece-me que confundiu qualquer coisa. É que eu não vejo que em Espanha se passe a vida a suspirar por um novo partido de direita. Não vejo a direita espanhola com fantasmas. Vejo-a a rever-se nos partidos que tem e vejo um PP a disputar e ganhar eleições e a governar para desenvolver um país que apresenta, intrinsecamente, maiores dificuldades de governação que Portugal (nacionalidades, separatismos e terrorismo).
Acresce que eu não criei um saco onde enfiei a direita portuguesa. Apenas digo que há uma direita aristocrática cheia de complexos e que pretende que sejam outros a fazer aquilo que ela própria não consegue fazer. Afinal é muito fácil: só são necessárias 5 mil assinaturas para criar um partido. Por que é que os Jaimes Nogueiras Pintos todos não o criam?
De Paulo Sousa a 27 de Agosto de 2009 às 20:34
A direita aristocrática e complexada a que se refere tem a expressão eleitoral adequada, que é nenhuma, mas a questão que encabeça o post refere-se a uma outra direita que acredito que teria/tem espaço no eleitorado, desde que consiga articular um discurso coerente e fora da normal lógica do apoio e do subsidio tão ao gosto dos governos centristas e de esquerda e mais virada para as questões que abordei nos comentários, o mérito, menos estado, mais sociedade, etc.
Espero que não levem a mal o excesso se disser que existem suficientes portugueses com bom senso para que um partido nesta linha tivesse um forte peso eleitoral.
De Jorge Oliveira a 27 de Agosto de 2009 às 15:04
Aí está amigo Paulo, esse é o cerne da questão, porque quando se fala que 40% da população portuguesa gostaria de ser espanhola, as pessoas comparam a herança deixada por Aznar (1996 a 2004) com a deixada por Guterres (1995 a 2002), e não quando compara a herança de Gonzalez (1982 a 1996) com a de Cavaco (1985 a 1995), vejamos que os tempos de governação são bem parecidos e comparem como Portugal e Espanha estavam no fim do ciclo (Cavaco Gonzalez ), praticamente iguais, e no fim do ciclo Aznar /Guterres), um a entrar nos dez mais ricos do mundo e outro no pântano.
Terão sido coincidências?
Agora respondendo à pergunta do post , penso que não falta um partido de direita, o que falta isso sim são pessoas Honestas que trabalhem incansavelmente por uma causa, o bem de todos. Por coincidência ou não a esmagadora dos países na lista daqueles com melhor qualidade de vida são de direita ou centro direita. Dá que pensar não?
De Paulo Sousa a 27 de Agosto de 2009 às 20:36
Observando a coincidência de que a esmagadora dos países onde melhor se vive serem governados à direita, é que acho que faz falta um partido à direita ou no mínimo um discurso e uma actuação mais à direita.
De António carvalho a 29 de Agosto de 2009 às 00:48
Se acha e constata que é nos países que têm governos de direita, que se tem melhor nível de vida porque é que o Paulo se encontra eleito pelo PSD.!?
Então, você que é jovem e tem um sentido tão apurado de como fazer o desenvolvimento económico de um país, move-se partidariamente num partido social democrata e ao mesmo tempo diz que é a direita que mais o cativa!? Terá sido por isso que a Direcção politica do seu partido não o convidou para as próximas eleições ? Eu enquanto fui militante e dirigente partidário, não abdiquei de dizer o que pensava, mas não tive nem tenho dúvidas que estava ideológicamente no caminho certo para o que penso ser o mais justo para a maioria dos cidadãos deste país.E infelizmente eu tenho razão. Quanto mais ricos estão os ricos, muitos mais pobres tem este país. A justiça distribuitiva do PIB só se fará quando se inverter a linha politica que tem sido praticada pelos partidos do poder dos últimos 30 anos. O PS/ PSD/ não são alternativa politica nenhuma, são apenas a diferença de sigla, com uma diferença notória - No PSD não se enganam tanto os eleitores, falam mais claro. No PS, todos servem e têm um grande sentido de Estado. Vão para qualquer lado, desde que seja para estar a mamar - iguais ao CDS.
Os arautos da desgraça politica que apregoam que a esquerda não tem nada para dar ao País, é capaz de ser verdadeira, mas a direita e o centro mais ou menos direita, não só não darão nada, como ainda por cima lhe tiram - Sabe que os off-shores receberam no 1º semestre de 2009, cerca de 6.000 milhões de euros, de pessoas portuguesas, acreditando na noticia da TSF no último domingo.
Não acredita que tal dinheiro é transferido para esses paraísos fiscais pelos trabalhadores por conta de outrém, pois não ?!
E já agora, você acredita que alguém dá alguma coisa a alguém ? Olhe , eu não acredito nessa de bons samaritanos. Será que a negociata que se está a preparar para a criação do monopólio dos conteúdos da TV, da TSF e de toda a imprensa escrita, também será ótima para a informação, onde banqueiros e as fortunas do Vaticano estão apostados para controlar de uma virada, toda a imprensa escrita e informática em Portugal e nos países lusófonos?!
De Paulo Sousa a 30 de Agosto de 2009 às 10:19
Caro Carvalho,
Quando distingue o PSD do PS pelo facto de o primeiro não enganar tanto os eleitores, considero que isso mesmo responde às questões que me coloca no início do comentário. É agradável ouvir esta distinção vinda de si.
Quando me pergunta se acredito que alguém dá alguma coisa a alguém, a minha resposta é: É por isso que deixei de acreditar nas esquerda.
De António carvalho a 30 de Agosto de 2009 às 12:09
A idade é de fato muito marcante na vida das pessoas. Sabe, oh Paulo, quando eu tinha a sua idade pensava que alguns iam dar o que tinham para o bem dos outros, sem ser pela caridade que alguns tanto defendem. Acreditei que os politicos estavam dispostos a prescindir dos seus grandes patrimónios para fazerem jústiça social. Que eram homens e mulheres que se entregavam às causas públicas por sentido de solidariedade e altruismo civico e que as benesses do poder, não se destinavam ao uso pessoal e à forma mais abjeta de subir na vida - a traição aos valores éticos e civicos. Em politica ninguém dá nada a ninguem, mas eu acreditava que mesmo os mais egoístas teriam um dia de repartir mais enquanto eu fosse vivo. Enganei-me, embora tenha em mim a esperança viva de que os meus netos ajudarão a construir uma revolução e não a globalização capitalistas sem vergonha, sem ética e sem moral.
Porém, ainda não terminei o meu ciclo de participação civica e politica e nem o fato de estar militantemente parado, me torna passivo ou acritico. Continuo a pensar que nem a cana de pesca deve ser oferecida ao pescador. Ele tem que aprender primeiro a saber que no mar existe meio de subsistência, que precisa de saber ler e entender o que lê e que depois de provar o gosto da pescaria, fica então a saber que peixe não é a mesma coisa que farinha. Somos todos complementares e não haverá qualquer sistema politico justo e socialmente louvável que não atente a este principio básico de propriedade. Todos têm direito a ter o minimo, ao nível alimentar exigível, para se viver com dignidade. O sistema capitalista precisa de se alimentar com a morte de tanta gente, só porque não pode dar os excessos que produz ?
Vamos sempre parar às relações de produção e ao proveito das mesmas, não é verdade !?
De Platypus a 28 de Agosto de 2009 às 16:23
Pois é, contra factos tão explícitos , o argumentário revolucionário esvai-se numa mão cheia de nada.

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