Hoje interrompo a rubrica 'O relógio não pára' para partilhar com quem ainda não ouviu esta reportagem da TSF.
Foi feita na Serra Algarvia mas poderia ter sido em Trás-os-Montes, nas Beiras, na Serra de Aire e Candeeiros ou em qualquer outra parte do país.
A diferença entre o discurso político a realidade é abordada várias vezes ao longo da reportagem, mas isso nem é o pior pois já estamos habituados. Mas o pior é mesmo ouvir os relatos de quem quis fazer dos produtos tradicionais um negócio e dessa forma contrariar a tendência de desertificação, e se depara com a maior de todas a dificuldades, o Estado.
Ouvem-se histórias de explorações que aguardam dez anos pela legalização, outras que após processos demorados e caros deparam-se com mudanças na legislação que os obrigam a recomeçar o processo da estaca zero… outras que apesar de beneficiarem de comparticipações europeias tornaram-se inviáveis pelas exigências legais, ouve-se de tudo.
Alguns casos, que são exemplos de estoicidade e até de heroísmo, atingem a viabilidade e chegam mesmo à exportação, mas em muitos outros, demasiados, as lágrimas ocupam o lugar outrora preenchido pela esperança de quem se lança à aventura do negocio.
Não necessitava de ouvir esta reportagem para saber que o Estado Português se comporta como um pai super-protector que trata os filhos como incapazes de decidir por si, e por isso há muito nos roubou a capacidade de escolha. Em troca promete segurança e protecção que sabemos ser incapaz de nos dar. As contrapartidas com que justifica a invasão permanente da esfera privada são distribuídas de forma desequilibrada e por isso são, elas próprias, geradoras de desequilíbrios.
É tempo de os portugueses terem opinião sobre o papel do Estado na sociedade, assim como sobre a sua dimensão ideal. Na actualidade todos os indicadores económicos confirmam a sua sobredimensão, mas há uma questão civilizacional que ultrapassa a vertente económica e que se refere à relação entre o cidadão e o Estado. Preocupante é notar que pedir liberdade nos dias de hoje é algo patético, pois a liberdade é há muito património da esquerda. Defender a liberdade à direita equivale a ser apontado como neo-liberal. Sinais dos tempos neo-miguelistas...
Desafio-os a ouvir esta reportagem.
Prof. António Câmara - Palestra
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