Perante o nosso problema de Finanças Públicas, défice excessivo, crescimento baixíssimo e dívida externa altíssima, o nosso país foi incapaz de tomar medidas para conseguir continuar a financiar a nossa dívida. Assim, sendo os alemães e os franceses tomaram conta do assunto e impuseram-nos metas a serem cumpridas para o futuro.
Assim, o nosso Governo acatou as ordens e com o apoio do Líder do PSD, tomou algumas medidas que poderão ir resolvendo o problema, senão resolverem o problema tomam-se mais medidas, logo se vê se terão então o apoio do PSD. Como reserva para 2010, temos o Subsídio de Natal dos funcionários públicos, que poderá ser aplicado na redução do défice, se até lá a economia portuguesa não crescer o suficiente para o aumento das receitas fiscais.
O aumento dos impostos é um aumento que tem como único objectivo aumentar a receita fiscal, para assim reduzir o défice. Uma certeza, podemos ter desde já, estas medidas vão manter-se no mínimo até 2013.
Havia alternativa? Claro que sim, mas é preciso ter coragem, a despesa pública nem sequer está no investimento, mas sim nos salários dos funcionários públicos, nas pensões, na saúde e na educação. Nestes sectores é possível fazer alguma coisa? Todos os países, que estão no centro da crise, baixaram os salários dos funcionários públicos, ontem era noticia a possibilidade do Reino Unido dispensar 300 mil funcionários públicos.
A semana passada li uma proposta de um Economista Português que é professor na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, e que escreve todos os Sábados no Jornal I, que se resume:
- Na redução da Taxa Social Única para 17%, o que permitia baixar o custo salarial sem baixar salários, aumentando assim a competitividade da nossa economia,
- No aumento do regime geral do IVA de 20% para 25%, aumentar o preço dos bens, maioritariamente importados, significa desvalorizar a moeda sem sair do Euro.
Estas medidas permitiriam ainda estimular a poupança, reduzindo a divida ao exterior, que é maioritariamente das famílias e das empresas.
Veja aqui o artigo completo, que tem uma alternativa ainda mais radical.
De antonio carvalho a 24 de Maio de 2010 às 23:38
No seu post refere a teoria de um ilustre(?) português economista e professor nos EUA( o nome é irrelevante), referindo duas das suas propostas: Baixar mais de seis pontos percentuais a taxa da contribuição social das empresas e subida da taxa normal do IVA, quase na mesma percentagem.
Eu que em economia só percebo da da minha casa e e às vezes com muita dificuldade, gostava de dizer o seguinte:
Esse sr. economista que escreve para o Jornal " I " (propriedade do grupo Construtora do Lena) sabe tanto de economia de um País do qual diz ser natural e não consegue dar umas orientações económicas ao sector da comunicação social do grupo para quem escreve .?, O Director do mesmo jornal, pelos vistos arranja elevados especialistas em economia de países, mas mesmo assim (segundo se consta) não tem nenhuma solução económica para que a administração da empresa( grupo C. do Lena) não tenha que fechar portas e despedir mais umas dezenas de funcionários .
Quanto à questão do Iva, é natural que o homem pense assim. Ele não compra nada em Portugal porque não vive cá e portanto comprar Iva a 30 ou 35 por cento é igual para ele. Eu sinceramente penso que ele deve ser é americano, daqueles que respondem que Portugal é uma provincia de Espanha, ou que fica lá para a Ásia.
Acabei agora de ouvir o ex-ministro das Finanças Catroga (PSD) dizer ao M. S. Tavares - "eu já discordo da politica económica portuguesa há mais de quinze anos, mas é só quanto aos salários".
Quanto à banca, fugas fiscais e ao consumo e importação de bens não estruturantes para a economia balofa que ela promoveu, não disse nada.
Disse apenas que subiu a taxa de IVA 1 %, para a seguir entregar à Segurança Social esse aumento como contrapartida da retirada de taxa de igual percentagem às entidades empregadoras.
É de facto espantoso como a grande maioria dos nossos brilhantes economistas têm todos soluções para o País, mas são os mesmos que a gente houve sempre a mesma cantiga. É preciso tirar é nos salários e gastos sociais primeiro e depois nos impostos mais injustos (consumo a preço igual) para todos.
Então, porque razão a distribuição da riqueza está cada vez mais afunilada (menos ricos mas com mais riqueza) e muitos mais pobres e com menos riqueza ?
As leis económicas não são cegas, como dizem ser as da Jústiça. Têm sentido social e politico.
Os possuidores da ciência económica têm que ter a humildade democrática de dar o seu contributo para que a riqueza de um povo não se dilua no vampirismo.
Digo-lhe com toda a frontalidade que me dói muito verificar que muitos dos economistas de formação católica se atrevem no actual contexto, a defender uma politica cega e sem sentido, a degradação salarial e social de milhares, se não de milhões de portugueses, que vendendo com a maior humilhação e esforço fisico e intelectual a sua única força de viver (trabalho) dispendido a troco de migalhas, em contraste com o aumento de fortunas colossais e moralmente condenáveis. Porém, já Cristo há 2000 anos teve a mesma sina. ;Morte por palavras e actos.
Depois a Igreja Católica, vai dizendo ser perseguida !!!
De Anonimo´s a 25 de Maio de 2010 às 22:07
Carvalho, só faltava você...que só entende a economia de sua casa (parabens, pq mts nao sabem)...em desqualificar o redactor do artigo...
De antonio carvalho a 25 de Maio de 2010 às 23:55
eu não desqualifiquei ninguém. Limitei-me a constatar que o redator do artigo fez plágio da ideia e prática do ex-ministro Eduardo Catroga. Tão só quanto isso.
Se calhar, por estas eminências se copiarem tanto uns aos outros quer nas ideias e nos métodos é que o País tem sido tão bem dirigido do ponto de vista politico quer económico.
Pode ainda continuar na provocação que em tenho bom poder de encaixe !!!.
De antonio carvalho a 26 de Maio de 2010 às 01:47
Para lhe dizer mais uma : Como sou de ideias fixas, guardei nos meus arquivos a revista "Portugal em Exame" e entre todos os mimos de análise económica para Portugal, constam as eminências " Álvaro Santos Pereira; António Barreto; António Marques; Carlos Andrade; Carlos Pimenta; Cristina Casalinho; Fernando Adão da Fonseca; João César das Neves; João Paulo Girbal; Jorge Barros Luis; Jorge Pereira da Costa; José Silva Lopes; Luis Cabral; Luis Campos e Cunha; Luis Mira Amaral; Manuel Alfredo de Melo; Manuel Pinho; Paulinho Teixeira; Pedro Seixas Vale; Rui Constantino; Sérgio Rebelo; Vitor Bento e Vitor Neto".
Das declarações da mesma revista : Só três depoentes - José Silva Lopes, Vitor Neto e António Marques, manifestaram sérias dúvidas sobre a retoma, que o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Luis Mira Amaral definiu como "lenta e titubeante".
Para complementar o ramalhete em destaque, o Dr. Sérgio Rebelo, professor na Kellogg School of Management da Northwertern University disse: A retoma portuguesa depende muito da conjuntura internacional. Os indicadores que temos neste momento para os EUA são muito positivos, apontando para uma recuperação em todos os sectores da economia. A perfomance da economia japonesa parece também estar a melhorar relativamente ao crescimento anímico dos últimos dez anos. A China e a India continuam a crescer a taxas elevadas. Tudo isto aponta para uma recuperação da economia mundial que ajudará muito a retoma da economia portuguesa.
Palavras para quê ? São economistas (perdão) artistas portugueses que há seis anos repetem a mesma doutrina.
Eles estão mesmo esquecidos(?) daquilo que dizem e depois reaparecem a dizer que têm soluções e verdades cientificas e práticas para acabar com a crise.?
Só que nem todos os portugueses se deixam embalar neste canto de sereia e a memória dos seus pensamentos, manequeísmo ou falta de vergonha ou de conhecimento não é coisa nova nas suas palrações.
A mim, não me enganam e mesmo que algum dia venha a ser empresário, nenhum deles serviria para meu conselheiro económico, Teria de certeza jovens de talento e de trabalho estudioso e sério ao meu lado.
Nota final :- A revista em questão foi publicada em edição especial em Portugal no ano 2004.
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