Os próprios árabes sentem-se incomodados com o Hamas. Esta ideia é visivel várias vezes ao longo do programa. Só a capacidade diplomática do embaixador do Egipto lhe possiblita contornar a resposta esta constatação.
De Rafael Marcelino a 25 de Janeiro de 2009 às 15:27
Foi de todo impossível ouvir o outro lado do conflito. Mas isso faz parte da estratégica Ocidental nos Médias. Era bom ouvir. Curioso é ouvir acusar o Irão como o fronecedor de armas ao Hamas e acusado de ter armas nucleares (talvez tenha daquelas iguais às do Iraque .'Sapatos-42') e nunca colocarem a questão de os EUA também serem os fornecedores da armas a Israel e serem potencial Nuclear na região (Israel). Isto para sermos imparcias...pois é...
De Portomaravilha a 25 de Janeiro de 2009 às 23:20
Bem rídiculo ou divertido ouvir numa televisão Portuguesa perguntas feitas em Inglês. Intão a língua Portuguesa é para Português ler e não ouvir ?
E a ainda há quem seja contra um acordo ortográfico ? Felizmente que o filho lá vai defendendo a língua do pai. E que não tem complexos em se exprimir em Português.
Viva o Brasileiro !
Não sei porquê mas tenho acompanhado este blog. Acho que gosto. Não entendo tudo, sobretudo a dimensão regional, mas há questões levantadas que são pertinentes. Mas essa pertinência é, talvez, uma das características da imprensa regional e da blog esfera regional.
No fundo, o primeiro diário nacional Português é muito recente ( Publico).
Acho que o problema entre Gaza e Israel deve ser considerado em termos políticos e não em termos religiosos. Pensar o problema em termos religiosos, é abrir as portas aos "Irmãos Muçulmanos".
Ora o Hamas recusa a laicidade.
A audiência cada vez mais importante dos "Irmãos Muçulmanos", quer nos suburbios de Paris ou de Londres, é devida, sem dúvida, ao ultra-liberalismo. Este também não gosta muito da laicidade. Mas tendências esquerdistas ou de extrema direita também não !
E,assim, vêem-se surgir, em França, revendicações inimagináveis: piscina pública um dia por semana só para mulheres mulçumanas ; refeições halal nas cantinas ; pedido de salas para orações nas escolas, etc.
É como se tivessemos regressado no tempo. A lei Francesa de 1905 e que a pequena ( mas Grande ) (pequena no tempo) República Portuguesa de 1911 aplicou ( destruida em seguida por Salazar ) , relativa à laicidade deve ser defendida.
Caro Portomaravilha, As questão árabe assume em França, Holanda, Inglaterra e na Alemanha uma dimensão social completamente diferente. Se as reivindicações da piscina pública para mulheres muçulmanas, das refeições halal nas cantinas, das salas para orações nas escolas, entre outras, se verificassem em Portugal, certamente que a proposta de geminação de Lisboa e Gaza (http://vilaforte.blogs.sapo.pt/74827.html) não teria sido aprovada e talvez, nem sequer proposta. Os senhores da esquerda revolucionária disfarçados de esquerda urbana, os ecologistas disfarçados de comunistas e os comunistas propriamente ditos, deveriam ir ao mundo árabe exigir o respeito dos direitos das mulheres e das minorias, mas preferem apoiar o Hamas, não por convicção mas por exclusão de partes para assim estarem contra os israelitas e os EUA. Se os árabes forem bem sucedidos nos seus propósitos a Europa deixará se ser laica e em poucas décadas seguirá a lei islâmica. A evolução demográfica está contra a Europa livre e democrática e a favor da arabização da Europa. Mais que uma questão política é uma questão civilizacional. Sobre a forma de promover a língua poderíamos comparar o caso francês e o português, e isso dava pano para mangas. Mais tarde pegarei nesse assunto.
De Portomaravilha a 27 de Janeiro de 2009 às 20:51
Obrigado pela resposta. Concordo,globlamente, consigo.
Todavia, penso que é necessário estabelecer uma nuance entre Arabização e Islamização. Tanto mais que os Árabes laicos são as primeiras vítimas dos "Irmãos Mulçumanos".
A posição da intelectual Árabe, Mona Eltahawy, que se recusou a escrever sobre Gaza é reveladora da pressão dos Irmãos Mulçumanos. Esta intelectual foi acusada de traição.