Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

Trabalho infantil

O meu filho tem de apresentar na escola um trabalho sobre "trabalho infantil", pelo que abordou o assunto, para saber o que poderia ser dito sobre esta questão.

Tentamos, na medida do possível, fazer um pequeno resumo histórico, devidamente contextualizado, referindo que antigamente era um flagelo em Portugal, pois a maior parte das crianças não frequentavam a escola para ajudarem os pais nas suas actividades. Regra geral, as famílias eram bastante numerosas e a pobreza grassava em muitas casas do país, pelo que o garante da alimentação de tantas bocas passava, maioritariamente pela lavoura muito antes dos 16 anos. Como se não bastasse, a discriminação sexual era, também, muito acentuada, impedindo as meninas de pensarem sequer em pôr um pé na escola da aldeia.

A excepção passava pelas famílias abastadas que tinham tutores particulares para os seus filhos, mas que ainda assim, limitavam cada um dos sexos a áreas bem diferenciadas. As meninas dedicavam-se às artese lavores, enquanto os meninos seguiam as pisadas dos pais e avós na gestão das quintas ou outros negócios.

Hoje em dia, segundo esta notícia, haverá cerca de 50 000 crianças em actividade económica. Numa altura em que o desemprego aumenta, este número poderá vir a subir.

Muitos de nós, eu fui um deles, trabalhámos nas férias, pois não se falava, à época em ATL's e aquele pouco dinheiro que vinha ao fim do mês, sempre dava para comprar aquelas sapatilhas que há muito estavam  "namoradas".

Quanto a mim, continuo a pensar que este trabalho a que me refiro e o qual me fez crescer e perceber a importância das coisas, não deve ser considerado trabalho infantil, pois não era de sol a sol e tinha o mínimo de regras, mas o facto é que hoje em dia é, cada vez mais difícil para os pais, garantir uma ocupação aos seus filhos, que não qualquer outra actividade para além de jogar playstation.

No entanto, que comentários nos merecem os casos de crianças que são "forçadas", muitas vezes, pela família a participarem em castings para "actores" numa qualquer telenovela.

O governo quer aumentar a escolaridade minima para 12 anos, o que é em meu entender muito bom, mas será que foram devidamente ponderadas e asseguradas as condições que garantam aos pais ter os seus filhos a estudar até aos 18 anos?

A todos quantos considerarem um tema pertinentte, convido para uma reflexão e auscultar outras opiniões.

Obrigado

publicado por Pedro Oliveira às 07:09
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