Um discurso para ouvir e tornar a ouvir. Os sorrisos amarelos que se vêm no hemiciclo mostram que Aguiar Branco disse o que tinha de ser dito. Ao ouvi-lo senti-me social-democrata.
Ouvi com atenção os discursos proferidos na Assembleia da República na comemoração deste dia histórico - 25 de Abril.
Gosto da simbologia dos actos e do significado dos pequenos gestos: por isso mesmo gostei de ver Pedro Passos Coelho e Aguiar Branco com um cravo na lapela. O símbolo é de todos e não só de alguns como bem lembrou Aguiar Branco.
Mas de tudo o que se enunciou ficou-me na memória o que foi dito pelo Deputado do CDS/PP António Rodrigues" Abril ficou na memória pelos 3 D's : Democratizar, Descolonizar e Desenvolver- mas o país vive hoje sob o signo de outros três 'd': dívida, défice e desemprego -- que é urgente combater." O problema é como vamos sair daqui?
Entretanto aqui no nosso concelho nem cravo, nem lapela, nem cerimónia ... nada apenas uns foguetes à meia noite. E há memória e pessoas que podiam e ( gostavam) de ser chamadas para nos contar o que ainda está por contar.
Um concelho que não reflecte sobre o passado , não compreende o presente e não antecipa o futuro ou dito de outra forma e citando Aguiar Branco:
"Uma organização morre quando os de baixo já não querem e os de cima já não podem", (Lenine)
foto do "i"
«O 25 de Abril "não conseguiu responder às aspirações justas e fundadas e aos interesses legítimos da maioria dos portugueses", suscitando a "situação perversa" de que o poder, enquanto "instituição" democraticamente eleita, "não funciona, porque a sociedade não sabe fazê-la funcionar de maneira correta". "Uma democracia assim não funciona bem"».
Ramalho Eanes, numa entrevista à Antena 1 (aqui com mais detalhe).
Sabemos bem que politicos e muitos representantes de instituições públicas enchem a boca com a liberdade de expressão e os valores de Abril, mas depois à primeira critica ou aquele artigo ou entrevista mais "sarcástica", aqui Del Rei que não podem dizer o que querem e isto da liberdade de expressão é muito bonito, mas é só quando toca aos outros.
Sócrates tem sido um ÁS a colocar processos em tribunal contra jornalistas e bloggers, mas de derrota em derrota vai levando uns banhos de água fria que é para ver se aprende . O último foi a decisão do Ministério Público em arquivar a queixa de Sócrates contra o Jornalista João Miguel Tavares. Mas, infelizmente Sócrates não é o único que pensa que pode calar as pessoas e mesmo prejudicá-las por dizerem o que pensam e escreverem sobre o que gostam.Daniel Luís, mais conhecido por "dissidências" no mundo virtual, viu a sua vida dar um trambolhão, a sua entidade patronal, Universidade do Minho, argumenta que o que ele escrevia não era bom para a imagem da Instituição.Para mim e para muitos isto é Censura!
Vale a pena ler o relato do Daniel sobre este episódio. Assim vai o nosso País.
Muito pertinente e adequado.
Subscrevo.
No Dia da Liberdade queria deixar-vos aqui algumas notas notas quase avulsas.
"Capitães não encontram Abril no país de hoje" Público, 25/04/2009
"Oito militares foram promovidos em despacho conjunto do Ministério da Defesa Nacional e do Ministério das Finanças, entre os quais Otelo" Público, 24/04/2009
"A ligação ao 25 de Abril (de Otelo) não apaga a sua ligação às FP-25, que foram uma organização terrorista responsável pela morte de 17 inocentes. Um Estado de Direito não desculpabiliza o terrorismo" Paulo Portas, 24/04/2009
Passados 35 anos era suposto as feridas estarem saradas e o patamar democrático ultrapassado.
Mudou-se de paradigma, mas os constrangimentos continuam. Será que resultam de sequeleas sociais do passado?
Talvez demorem mais tempo a serem ultrapassados...
Se o desconhecimento que os jovens de hoje têm sobre o 25 de Abril, enquanto projecto libertador e democratizador, é um indicador do seu sucesso, a reduzida participação cívica e democrática, assim como, a desconfiança da sociedade relativamente à classe políica mostra que muitas oportunidades foram perdidas.
Os discursos do 25 de Abril de 2009 não mostram a confiança no futuro que outros 25 de Abril passados mostraram. O mais fácil será dizer que a culpa é da crise financeira internacional, mas todos concordamos que Portugal necessita de ser mais credível, nomeada e principalmente aos olhos dos portugueses. O funcionamento da Justíça é inaceitável. A facilidade com que se reforça o papel do Estado, o gestor mais irresponsável da sociedade, é doentia. O mesmo Estado age como se acreditasse que no futuro tudo se irá resolver. E isto acontece quando sabemos que a resolução dos reais problemas apenas se está a adiar. Fugindo em frente mantêm-se as mentiras. Como sempre na história alguém terá de pagar a factura e, naturalmente serão as gerações futuras.
...no dia 4 de Novembro de 1973 houve uma reunião alargada dos oficiais oriundos de milicianos em Porto de Mós, em que foi eleita uma comissão do respectivo movimento de capitães?
Saiba mais sobre o antes,durante e pós dia 25 de Abril de 1974, AQUI .
Na anterior edição dO Portomosense o deputado Luis Carloto Marques falou sobre a descabida vontade do governo PS em reduzir os direitos dos emigrantes portugueses. Considera que os quatro deputados eleitos pelos emigrantes portugueses são demasiados por, como disse a Deputada Maria Carrilho, os emigrantes terem baixa escolaridade ou serem iletrados e por isso considera que o seu voto é facilmente manipulável.
Com todas estas explicações, esqueceram-se de referir que o voto dos emigrantes sofre de uma enfermidade recorrente que consiste nas suas escolhas. Tradicionalmente os circulos internacionais elegem três deputados para o PSD e apenas um para o PS, o que se pode considerar um problema quando as sondagens duvidam de maioria absoluta.
Antes prevenir que remediar. Com o caso limiano ainda na nossa memória é preferível retirar direitos aos portugueses que arriscar o poder. Viva o 25 de Abril.
Prof. António Câmara - Palestra
Agradecemos à Zona TV
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