O Iluminismo trouxe ao pensamento ocidental, entre outras coisas, a separação do que pertence à esfera legal e à esfera moral. Algo pode ser imoral aos olhos da sociedade e ser inatacável legalmente. O contrário também. Foi nessa base que os estados se tornaram laicos e o mundo ocidental se distingue do antigo regime e da maioria das sociedades islâmicas.
Uma separação idêntica deveria acontecer na política local, onde uma questão levantada sobre a esfera pública de um qualquer interveniente é fácil e rapidamente interpretada na esfera pessoal.
Como ninguém se candidata a um cargo público por obrigação, assume-se que quem o faz, conheça as regras do jogo. É por isso que algumas reacções não fazem sentido. Dizer que se foi convidado não justifica o facto de acumular funções pública e privadas, deixando em aberto a possibilidade de um dia de manhã se decidir algo e à tarde se usufruir da decisão. Ao referir esta possibilidade não estou a afirmar o que quer que seja em abono ou desabono, e se o que está em causa é uma ou muitas empresas que fornecem flores, parafusos ou alcatrão, mas manda a clareza democrática que quem está ao serviço da coisa pública se resguarde de qualquer sombra de dúvida. Lembram-se do discurso do Dr. Teixeira na última Assembleia Municipal do mandato anterior sobre a ética republicana? Era exactamente disto que falava e devia servir para todas as forças políticas.
E se a questão da compatibilidade de funções levantada pelo PSD foi tão despropositada porque é que Albino Januário já tinha pedido previamente um parecer sobre esse assunto? Se se sentiu politicamente inseguro ao ponto de o fazer é porque a questão não é desprovida de substância. E se já tem um parecer porque é que não o torna público? A bem da clareza deveria fazê-lo.
E como é claro que o assunto é politicamente relevante, torna-se ridículo o tom ofendido, surpreso e incomodado com que Albino Januário falou à Radio Dom Fuas quando relatou a última AM. A vitimização é a arma do PS para fugir às críticas. Salgueiro e Sócrates fazem exactamente o mesmo, mas como ninguém está acima das críticas, é desjável que evoluam e reajam de outra forma.
Se dúvidas existissem sobre a forma serôdia como o concelho é governado, estas desapareceriam perante o lavar de roupa suja familiar que decorreu em paralelo ao debate. De facto a AM é o espelho da comunidade. É pena, mas a realidade é esta, e é dura como punhos fechados. A falta de nível que sobra de tudo isto é totalmente coerente com os resultados globais da governação socialista em Porto de Mós.
Mudam-se os tempos...
É o titulo que Albino Januário deu ao texto que escreveu na qualidade de Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, no livro que assinala os 50 anos desta Instituição.
Um texto bem a propósito e que, embora escrito em Abril de 2000, continua actual.
Este brilhante texto termina assim:
(...) "Nessa constante preocupação, espero: das entidades oficiais, centrais e locais, o habitual apoio material e o reforço dos beneficios destinados ao voluntariado, de modo a fomentar e consolidar esse espirito que é tradição de valor incálculável nos Bombeiros Portugueses;" (...)
Como é do conhecimento geral Albino Januário candidatou-se há 4 anos nas listas do PS e no programa eleitoral lá está o apoio social aos Bombeiros Voluntários, inclusão feita provavelmente a seu pedido.
No entanto coube a Albino Januário, Vice-Presidente da Câmara, em conjunto com Salgueiro e companhia decidirem recentemente afrontar exactamente esse espirito do voluntariado como foi amplamente noticiado e está bem patente neste texto.
Tanto rigôr, tanto diálogo...tanta preocupação com as causas do voluntariado...
Ou será que o Poder Autárquico o obrigou a alterar a opinião que tinha quando estava no Poder Associativo?
Aliás neste outro texto Albino Januário (ainda Presidente dos Bombeiros) volta a relevar a importância do "espirito do voluntariado".
Conclusão:
Mudam-se os tempos...mudam-se as vontades
Muda-se de cargo...muda-se de opinião...
e quem fica a perder é sempre o "mexilhão"!
Prof. António Câmara - Palestra
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