Francisco Louçã, num dos seus inflamados discursos em que, pouco a pouco, tenta ensinar a verdadeira moral ao país, lembrou-se um dia de apelidar a Causa Real como um 'pequeno grupo patusco'.

O facto de não me encontrar entre os simpatizantes monárquicos não impede de concordar que a sobranceria arrogante que transparece nesta classificação será facilmente classificada como difamatória. O DIAP, em resposta à queixa apresentada pela Causa Real, também achou que existiam fortes indícios de estarmos perante um crime de difamação. Perante a tentativa do Ministério Público em constituir o líder do BE como arguido, Louça, dando um inegável exemplo de ética republicana defendeu-se com o estatuto de Imunidade Parlamentar.

Acontecesse este episódio com outro partido qualquer e já saberíamos quem e que iria ser o arauto da moral pública.

A discrição com que tudo isto se passou, mostra bem como a imprensa estima o BE.

Curioso é ir aos arquivos do Barnabé (BE na net) e ver em que casos se justifica o recurso à imunidade parlamentar.

Segundo Miguel Portas "as pessoas de direita usam fato e gravata como os padres usam sotaina. É como uma farda."

Eu a pensar que aos preconceitos eram um exclusivo dos conservadores, dos retrógrados e dos homofóbicos.

Sou só eu que sinto aqui algum receio nos resultados de um referendo?

Durante as campanhas para as legislativas, ainda que desta vez em voz baixa, os principais partidos tentam demonstrar que as maiorias parlamentares só têm virtudes, mas desta vez, e porque  não houve maioria absoluta, afinal as minorias parlamentares é que são poço de virtudes e  estimulantes.Todos os partidos o afirmaram, incluindo aquele que veio de uma maioria absoluta.

Há coisas fantásticas não há?

Uma parte muito significativa do mais de meio milhão de portugueses que votaram BE, deveriam ler este post de Rui Crull Tabosa, pois acho que ainda não os 'tiraram pela pinta'.

É curioso observar os resultados da crise que foi apontada como sendo o princípio do fim do capitalismo. O Sr. Louçã, candidato a Primeiro Ministro, foi dos que festejaram esse facto.

Vejamos alguns dos resultados da crise.

Como seria Portugal com Francisco Louçã a primeiro-ministro?

Ler esta entrevista no Correio da Manhã .

Via Cheiro a Pólvora