Estamos a viver uma semana de ressaca. Diria que de muitas ressacas – dos festejos benfiquistas à visita do Papa – mas, fundamentalmente, da ressaca do anúncio das medidas de austeridade com que o governo, com a muleta do PSD, nos vai tornar a vida ainda mais difícil.
Uma ressaca, e reportando-me apenas à mais clássica, a simples herdeira de uma noite de copos com alguns excessos, não é coisa fácil, havendo mesmo especialistas que entendem que a melhor forma de a enfrentar é com o pêlo do mesmo cão. Como se diz na gíria: em cima de uma pôr-lhe outra, ou curar uma com outra!
Parece-me que é mesmo isso que está a acontecer e, como dizia a Ivone Silva na rábula da Agostinha e do Agostinho num velho programa da nossa televisão (sim, dessa tal!) – Sabadabadu, se não estou em erro –: está tudo grosso!
Ora vejam só:
O nosso impagável primeiro-ministro (PM) inicia a semana em Madrid a expressar-se em portuñol, aquela linguagem muito expedita com que, sempre solícito, o tuga tenta responder a nuestros hermanos quando lhe perguntam por um restaurante ou pelo melhor caminho para chegar a este ou aquele monumento. Só que não era exactamente a mesma coisa, era o PM de Portugal perante uma plateia internacional … que ria perdidamente. Poderia pensar-se que estariam todos a rir da estória do tango (nem sei o que será de menos bom gosto e mais deprimente) e da necessidade de dois para fazer o par. Mas não, toda aquela gente ria que nem bêbados (também eles) com toda a graça que tem um PM a expressar-se daquela maneira.
O INE divulga a taxa de desemprego no final do primeiro trimestre, situada nos 10,6% e correspondendo a um crescimento de 1,7% face ao período homólogo do ano passado. O mais alto nível de desemprego dos últimos 30 anos, com regiões a atingirem valores que entram claramente na red line de alarme, como a região Norte, com 12,6% ou o Algarve, com 13,2%. Nada que preocupe o PM, para quem não era sequer importante avisar que esses números irão subir ainda mais, mas sim a notícia do IEFP de que em Abril haviam menos mil desempregados inscritos nos Centros de Emprego, como se ninguém soubesse o que se passa com os seus ficheiros.
Entretanto o ministro das finanças dizia em Bruxelas que afinal as medidas de agravamento temporário de impostos, anunciadas para ano e meio, eram para manter até quando necessário. O que quer tão simplesmente dizer que no final de 2011 não teremos o deficit ao nível anunciado, porque, como é evidente, de tudo o que foi o tal acordo com o PSD, a única coisa que está quantificada é o aumento de impostos. De redução de despesas: nada! Nada está quantificado, pelo que, como sempre, o ajustamento de consolidação se faz apenas pelo lado da receita: pelos impostos que nos saqueiam!
O secretário de estado dos assuntos fiscais, depois secundado pelo ministro das finanças (como iremos ver agora é esta a política de comunicação do governo: um secretário de estado manda um bitaite, a ver se ninguém liga, depois vem o ministro e confirma-o e por fim, se houver necessidade, vem o PM e desmente, porque aí já ninguém acredita!) vem dizer que os aumentos do IRS têm efeitos retroactivos a Janeiro. Para além de inaceitável é inconstitucional, o que neste momento até nem quer dizer grande coisa. Pois, e lá veio o PM atabalhoadamente declarar falso alarme! Mas, claro, não dá para acreditar. Acreditem que não! Porque tecnicamente é impossível e creio mesmo que também ilegal.
Como aqui antecipava na semana passada – num texto publicado pouco antes do anúncio das medidas de austeridade – bastaram apenas dois dias para se ver que a terceira travessia não fora descartada. Era, como então dizia, apenas para europeu ver. Isto já não traduz apenas o desnorte do governo, com discursos contraditórios entre ministros e PM, traduz a falta de seriedade e de respeito pelos compromissos assumidos com as instituições europeias e com o seu parceiro de diálogo.
A metodologia foi a mesma: começa pelo secretário de estado, logo no dia seguinte ao anúncio do seu cancelamento, passa pelo ministro da tutela, que logo no sábado garantia que a terceira ponte era mesmo para avançar e culmina na segunda-feira, com o pobre do ministro da economia a ver-se obrigado a confirmá-lo para, na entrevista à RTP – mais um exercício de delirante negação da realidade e de manifestas dificuldades de relação com a verdade – o PM vir dizer que o lançamento do novo concurso será adiado por seis meses, à espera que “a situação financeira internacional” o permita.
Sim, para o PM não há problemas no país, apenas e sempre uma crise financeira internacional. Para o PM os problemas existem num “mundo que mudou em duas semanas” e que, coitados, precisam da nossa ajuda. Para nós esta é apenas a primeira de muitas e muitas semanas de ressaca!
"Para defender a Europa, Portugal não devia ficar na posição de não fazer nada."
Esta foi apenas uma das tiradas do nosso PM, na entrevista de ontem à RTP, que continua a querer convencer-nos que somos o único país que marcha bem no meio do pelotão europeu.
Perguntas constantes do teste de aferição de Matemática deste ano, aplicado aos alunos do 2.º ciclo ou 6.º ano da escolaridade obrigatória:
1. Cinco mais dois é igual a:… sete (5 + 2 = 7);
2. A quarta parte de oito é igual a:… dois (8 / 4 = 2)
Depois de uns dias fora do circuito habitual, e antes de saber desta noticia pensei para comigo que tudo estaria na mesma e que seria interessante ver quão banais são os assuntos do dia-a-dia do nosso país.
Enganei-me. A primeira notícia que oiço é que um deputado da Assembleia da República interrompeu uma entrevista a meio e ao sair roubou os gravadores audio aos dois jornalistas. A reacção aparenta querer impedir que nós, os portugueses, não tivéssemos conhecimento do que ele tinha ou não respondido.
Desde há algum tempo para cá, todos nós, conscientemente ou não, temos criado uma carapaça de defesa da sanidade mental e não fazemos outra coisa que é esforçar-mo-nos por relativizar os escândalos que levariam à demissão em qualquer país desenvolvido. Curioso é observar que ao longo deste processo de apodrecimento da vida política, cada vez menos somos um país desenvolvido.
Perante as imagens inegáveis do que realmente se passou, o deputando já se justificou o roubo como uma reacção à “violência psicológica insuportável” a que estava a ser sujeito pelos sádicos jornalistas. Explicou ainda que o que se passou foi uma apropriação irreflectida dos gravadores. Um acto que seria classificado de furto numa qualquer mercearia, na AR se for praticado por um deputado passa a chamar-se de 'apropriação irreflectida'. Mais uma para acrescentar ao dicionário de criminês-português.
Como seria de esperar o PS apoia o vice-presidente da sua bancada parlamentar.
No passado dia 21 o PSD apresentou um plano B para o PEC que permitiria um corte das despesas do Estado de um por cento do PIB, cerca de 1700 milhões de euros.
Em resposta o PS não hesitou em classificar a dita proposta como 'uma mão cheia de nada'.
Ontem, 27, com os credores à porta, leia-se com mais um aumento da taxa de endividamento da República na sequência de mais um downgrade no seu nível de risco, o discurso mudou.
"É tempo de Governo e PSD se entenderem".
Alguém se importa de fazer rewind e play na cassete e pôr o PS a ouvir o que disse?
O conceito de 'pessoa normal' foi algo discutido pela psicologia durante décadas, e é notório o pudor no uso deste termo.
A DREN conseguiu ultrapassar este tabu e classifica os professores que 'dão notas distantes da média' dos outros. Mas vai mais além e diz que não quer os primeiros a classificar os exames nacionais.
O sucesso escolar será finalmente um direito adquirido.
Fantástico!!
Há várias semanas que os membros do governo, PM e seus Ministros, deixaram de aparecer. Quem diria que um dia se iriam fartar das luzes da ribalta.
Reparei nisto depois de ler este post.
O ensino, não sendo a minha área, diz respeito a todos os cidadãos. Se ambicionamos que o Portugal dos nossos filhos seja melhor (ou menos mau) que o actual temos de exigir um ensino de qualidade.
Quem, como eu, acompanha os grandes temas ligados ao ensino pelos media e pela blogosfera sabe que o clima geral não é positivo. Os professores queixam-se do Ministério e dos alunos, os alunos queixam-se dos professores e do Ministério, o Ministério queixa-se dos alunos e dos professores. Em paralelo alguns sindicalistas procuram protagonismo incendiando tudo o que mexe, e os pais queixam-se, com razão, de todos os intervenientes da educação.
Muitas medidas avulsas servem apenas para fingir que se está a resolver algo, mas na prática as estatísticas confirmam que a qualidade tem diminuído e isso faz-nos descer nos Rankings internacionais.
Com a democracia chegou o princípio da 'escola para todos' e logo depois avançou-se com o 'ensino obrigatório', que foi uma evolução enorme, mas demasias vezes se confundiram esses princípios com práticas de um facilitismo escandaloso.
Sabemos que os professores têm imensas dificuldades para reprovar um aluno, e que até serão bastante pressionados para não o fazerem. Conheço pais que por acharem que o seu filho não estava apto para seguir em frente pediram à escola para que repetisse o ano, e foi o cabo dos trabalhos para o conseguir.
O chumbar de ano é assim cada vez mais uma coisa do tempo da outra senhora e por isso cada vez mais uma coisa obsoleta. Para quem decide, o esforço deixou de estar associado ao sucesso, ignorando o que acontece na vida real e dando assim uma mensagem errada aos alunos.
Na palestra que organizamos no nosso aniversário e em que tivemos o prazer de ter o Prof. Júlio Pedrosa connosco, perguntei-lhe que mensagem se passava aos alunos quando se dizia que o objectivo do Ministério era os 100% de aprovação. Respondeu explicando a base teórica da política educativa que regula o ensino há mais de uma década. Lembro que o Prof. Júlio Pedrosa foi Ministro da Educação do Governo de Guterres e é o actual Presidente do Concelho Nacional de Educação.
A aplicação desta política está a levar-nos por um caminho de regresso difícil, mas necessário. É uma questão de tempo.
Sem qualquer alarido nem a cobertura mediática devida, a Ministra Isabel Alçada já anunciou os próximos passos neste frenesim que nos levará à escola do paraíso socialista. O Ministério tem intenção de acabar com os chumbos. Isabel Alçada referiu que a repetência é "um mal que gera conflitualidade". Claro que ninguém deseja conflitualidade e assim esta será mais uma medida muito aplaudida deste governo.
Aí vamos nós rumo ao ensino do paraíso socialista. Estamos quase lá. Já falta pouco.
Já aprendemos que nas cabeças de certos políticos neste país, não se brinca com coisas sérias, como se sérios fossem os próprios. Andam mesmo é a brincar connosco.
Recomendo a leitura deste post.
Na sequência de uma conversa com uma pessoa que passou pela tragédia de assistir impotente a uma crise de saúde de um familiar, e que acabou por falecer, ficando sempre com a mágoa de que se tivesse alguma noção de primeiros socorros poderia ter evitado a tragédia, inscrevi-me há mais de um ano num curso de Primeiro Socorros.
Por diversas razões de ordem logística os meses foram passando e, na semana passada, recebi um telefonema para saber se o meu interesse se mantinha. Claro que sim, vamos lá arrumar esse assunto. Fui de imediato alertado para um problema… não iria receber subsídio de alimentação. Achei estranho existir subsídio de refeição para um curso ministrado das 19h às 22h, e que por isso ultrapassa a hora tida como normal para jantar. Mas não. Não tinha nada a ver com a hora das refeições, mas sim com as quotas (?). E o que é que isso quer dizer? Perguntei. Como a turma já ultrapassava a quota de alunos onde me enquadravam não poderia receber o dito subsídio. A dúvida do meu interlocutor era se ainda assim eu aceitava receber a formação. Tinha de me colocar a questão nesta fase para evitar aborrecimentos no futuro…
Perante esta lógica, engoli em seco e depois lembrei-me que vivo no país que vivo, e que está instituído como normal que, além de não ter de pagar para receber/beneficiar de formação…, ainda é suposto receber-se por isso.
Perante qualquer estupefacção sobre esta lógica a resposta é quase automática: quem paga são ELES!!
Lembrar que ELES somos NÓS, é um raciocínio neoliberal e por isso politicamente incorrecto.
Serei eu que estou errado por entender que aprender pressupõe esforço e dedicação? Receber para aceder a uma valorização pessoal faz lembrar uns filhos muito mimados que exigem prendas não para tirarem boas notas, mas para frequentarem a escola. Que finos que eles são!
(Comecei este texto antes de ir para a formação e terminei-o após o regresso a casa, e por isso com estados de espírito diferentes.)
Nesta segunda metade começo por dizer que a minha participação na referida formação terminou no final da primeira sessão. Em público não entrarei em detalhes sobre o que motivou tal decisão.
Registo apenas o facto de que das 30 pessoas inscritas, mais de um terço não estão a trabalhar, mas também não estão … desempregadas. E porquê? Umas estão nos EFA’s, outras no CNO’s, outras no diabo a sete. São remuneradas pela participação em diversas formações, ora em exclusividade ora em simultâneo, mas nenhuma delas conta para os números do desemprego. São remuneradas por ELES, claro. Fantástico! É o que se pode chamar de desorçamentação do desemprego.
Já há socialistas com vergonha desta governação, mas o mais grave é que há alguns que apesar de tudo o que tem acontecido, ainda não se envergonham.
"Está na hora do PS se unir e combater esta baixa campanha urdida pela direita dos interesses! Um partido que sempre lutou pela democracia e liberdade não pode aceitar calado este ataque sujo! Vamos de novo encher a Alameda da Fonte Luminosa [em Lisboa] no próximo dia 20 de Fevereiro, pelas 15 horas! Vamos repudiar esta campanha suja contra o PS e Sócrates e mostrar bem altas as nossas bandeiras. Divulga"
Esta mensagem, de origem anónima, está correr de telemóvel em telemóvel e já há reacções na blogosfera. Pergunta-se se, apesar de anónima, esta manifestação terá direito a autocarros pagos por algum partido (e estou a lembrar-me do PS) e se está a utilizar que listas de contactos de forma a assegurar que os SMS não caem nos telemóveis errados. Francisco Almeida Leite, no Albergue Espanhol, pergunta ainda que se vier a existir uma contra-manifestação isso não nos colocará num novo PREC. Aguardemos.
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São cada vez mais as vozes que concordam que Sócrates não tem condições para continuar a ser o PM de Portugal. Por impossibilidade de demissão presidencial o cenário que ouvi a vários opinadores passa pela sua substituição por outra figura do PS. Aguardemos pelos próximos desenvolvimentos.
Sócrates chama de urgência Ferreira Leite a São Bento.
Teixeira dos Santos fala ao País às 20h.
Aguardamos se toda esta balbúrdia se deve ainda à questão da Madeira (que têm um impacto de 0,00....% no OE) ou se haverá mais alguma novidade. Enquanto Sócrates utiliza os seus métodos de chegar a acordos políticos com a oposição (???) o mundo financeiro faz das nossas finanças o actor principal.
Enquanto isso Louçã incita Sócrates a controlar os mercados financeiros.
Teixeira dos Santos na apresentação do Orçamento de Estado salientou que este irá "começar desde já um esforço de diminuição do défice".
É curioso lembrar que apenas há quatro meses, em período eleitoral, os apoiantes do PS pegavam exactamente na consolidação orçamental como uma das missões cumpridas do governo então em fim de mandato.
Foi com esta frase que terminei um post há cerca de um ano sobre tumultos ocorridos na Grécia.
Um ano depois os distúrbios regressaram às ruas. Os motivos são o desemprego, o descrédito da classe política envolvida em casos de corrupção e outros escândalos vários, um défice descontrolado e uma dívida pública recordista. Tudo isto na terra de Sócrates, país gerido por um governo socialista.
O regresso da cicuta é uma questão de tempo?
Um resumo de quatro anos e tal com Sócrates à frente do país.
Agora é a "cena" dos contentores em Lisboa:
Se dúvidas houvesse da actualidade da frase de Jorge Coelho, "quem se mete com o PS leva!", nesta legislatura Sócrates fez questão de as dissipar, aqui fica mais um, triste, exemplo:
Hoje, vindo de Lisboa do Aeroporto ouvi o nosso, ainda, Primeiro-ministro, José Sócrates, dizer que esta legislatura tinha sido uma tempestade perfeita (the perfect Storm), lembro que no filme o barco foi engolido pela tempestada.Nada melhor que um PM visionário...
Numa tirada digna do humor inglês, Maria de Lurdes Rodrigues, responsabiliza a Comunicação Social (!) pelas baixas médias obtidas pelos alunos a Matemática.
Segundo a ministra a difusão pela comunicação social “da ideia de que os exames eram fáceis” explica os resultados obtidos.
O secretário de Estado Valter Lemos, desejoso de agradar à Ministra, alargou o leque de responsáveis, juntando a Sociedade Portuguesa de Matemática e “partidos e pessoas com responsabilidades políticas”.
É impressão minha ou estas declarações parecem tiradas da série da BBC dos anos 90, Yes Minister?
Se a ideia era arranjar explicações parvas, podiam ter metido a mudança climatérica ao barulho, podiam ter falado do desgelo dos pólos ou então da Gripe A, que também era giro.
O slogan do Partido Socialista " O PS combate a crise", é falso e como tal tem de ser mudado para " O PS agrava a crise", no "Público", secção Economia, está bem explicito em dois trabalhos Jornalisticos,aqui e aqui, que o PS está a colocar o País num buraco negro do qual vai ser muito dificil saírmos, caso o rumo se mantenha. O País está a ser liderado por um Homem que parece viver num outro enquadramento.
Para além do agravamento de todos os indicadores económicos/financeiros há ainda as pseudo-reformas que ficaram pelo caminho: Na saúde fechou-se tudo, mudou-se de Ministro e não se sabe qual é o rumo, na Educação o que parecia ser irreversivel é agora adiado por dois anos, a Justiça é o que sabemos, todos os dias temos casos e mais casos mal explicados e a sensação que a "caça grossa" escapa sempre, na Agricultura já se diz que este foi o pior Ministro de sempre, nas Obras Públicas temos as mega obras que ninguém concorda a não ser o PM, na Economia é o que se sabe as PME são esquecidas, pois como bem diz MFL, só acede ao crédito quem pode, Cultura como o próprio PM admitiu não se passou nada, como não se passou nada no Ambiente.
A reforma da Administração Pública foi uma montanha que pariu um rato e depois de 4,5 anos de Governo Sócrates, é altura de dizer : Adeus, é o elo mais fraco!
Se fosse possivel caracterizar a actuação do Governo PS, liderado por Sócrates, com uma medida sem dúvida que enunciava ESTA para o fazer.É uma lei que diz bem o que tem sido este Governo, apoia quem prevarica, pune quem trabalha colocando em causa as gerações futuras com a sua directa intervenção.
Hoje ouvi Silva Lopes, dizer na Antena 1, que Portugal tem um grave problema de crédito no estrangeiro, que a nossa crise é anterior à crise que assola todo o mundo e que os Portugueses ainda vão sofrer mais na pele do que estão a sofrer agora.
Isto dito desta forma é assustador,mas quando conhecemos os números que estão na base destas afirmações, então é que nos apercebemos que estamos mesmo mal.
Através deste post do AP e com os números que lá constam, a pergunta que fica no ar é esta, como é que vamos sair deste buraco negro?
"415 mil e 500 milhões de dólares. É o valor da dívida externa do país em 2008.
Em contrapartida o PIB é de apenas 232 mil milhões de dólares. Ainda há dúvidas sobre a falência de Portugal?"
O Sr Sócrates e o Sr Teixeira dos Santos fartam-se de falar em consolidação orçamental e poupança, era bom que nos explicassem estes números:
fonte:www.psd.pt
Todos nos recordamos da confusão em que Correia de Campos colocou a saúde em Portugal. Fecha ali, transfere para acolá, e depois fecha mais além, enfim uma confusão tal, até que partiu. Chegou, depois, a nova Ministra e passados estes meses todos, a sensação que nos fica é a de que está tudo na mesma ou pior, pois já lá vão quase 4 anos.
Em relação à falta de médicos, a não solução do problema é alarmante. Não se abrem mais faculdades de medicina e não se baixam as médias de entrada. Não consegui compreender, até hoje, a razão que justifica o facto de um aluno com média 13, 14 valores não poder ser um excelente médico, ao passo que o reverso da medalha já pode ser verdadeiro, pois temos a escândalosa proposta da ministra, a semana passada, que afirma ir estabelecer diálogo com as universidades para admitirem estudantes de medicina que estão no estrangeiro a tirar os seus cursos com médias de entrada muito mais baixas que os famosos 18, 19 valores. Digo escândalosa proposta pois esta ministra, o Governo PS, que tanto se vangloria na sua luta contra lobbies, não são capazes de reformar o ensino superior, em particular as faculdades de medicina, de modo a colmatar este crónico problema em Portugal, que dá pelo nome de falta de médicos.
Quanto a mim, se fosse um dos estudantes em qualquer uma das faculdades estrangeiras, fazia um "toma" à proposta da ministra.
Está na hora de fazer as reformas necessárias no país e esta é uma das mais preocupantes, quando temos hospitais a pagar 85 euros/hora a Pediatras. Como se não bastasse, podemos juntar outros ingredientes para apimentar o sabor, venha lá a questão da Justiça, da Agricultura, da Economia, da Administração Pública, do Ensino, das Finanças e, ... voilá! Podemos concluir que passámos quase 4 anos a ser governados por propagandistas que nos colocaram em situação bem pior que em 2005.
Chegou a hora de dizer a verdade e de desmascarar este não governo, o país precisa de um novo rumo. Que o PSD saiba dar-nos essa esperança.
Segundo o Diário de Leiria, o Governo de Portugal, vai desinvestir no nosso Distrito. Analisando o PIDAC, que planeia os investimentos para o ano seguinte e que suporta o Orçamento de Estado.
Depois de ter garantido que as reformas dos portugueses não serão “jogadas na bolsa”, referindo-se às propostas do PSD, Sócrates mostrou désdem pelo mercado de capitais que, como já assumiu não conhece bem, e não conhece bem ao ponto de ignorar que os PPR públicos lançados este ano pelo seu governo, basearem o seu funcionamento nesse mesmo mercado de capitais. Será mesmo assim, ou pelo contrário temos de considerar qual o público a que se dirigia no nessa declaração, que era nem mais nem menos que a esquerda do seu eleitorado?
Após as declarações, talvez verdadeiras mas em tom alarmista, de Manuel Pinho quando disse que “o mundo da prosperidade acabou”, Sócrates veio tranquilizar os portugueses, garantindo que as famílias portuguesas com poupanças podiam estar tranquilas apesar da crise financeira global, e sublinhou a capacidade de resistências das instituições financeiras nacionais aos problemas do sector.
Hoje o FMI alerta para a vulnerabilidade da banca portuguesa, nomeadamente devido ao crédito malparado a empresas que poderá triplicar.
O mito de que não existe ligação entre o mercado financeiro norte-americano e o europeu, onde o português se inclui, não passa disso mesmo, de um mito.
O colapso do Banco Fortis da Bélgica, detentor de activos ditos tóxicos, cujo envolvimento com o ramo segurador do Grupo BCP é significativo, é um exemplo de como numa segunda ou terceira vaga o impacto irá fazer sentir-se.
Podemos questionar-nos se é razoável o governo ser alarmista, referindo-se a um sector tão importante da economia e onde a confiança é determinante, mas o que sabemos é que da classe política podemos contar sempre com muitas mensagens destinadas cada uma ao seu público, mas também sabemos que para ouvir a verdade temos de esperar que ela venha do exterior.
A recente crise dos mercados financeiros tem dado pano para mangas para o normal aproveitamento que os políticos fazem de realidades não políticas. Acontece muitas vezes no mundo do desporto, nas catástrofes e outras tragédias várias. Desta vez foi a crise financeira.
A esquerda envergonhada, especialmente aquela que vive fora da gaveta do Soares, apesar de reconhecer quando lhe convém os inegáveis méritos da economia de mercado, não perdeu tempo a apontar a ganância dos operadores financeiros como pecado capital. Até porque classificar como crime o acto ignóbil de ganhar dinheiro, já sabemos que é uma música com auditório garantido.
O nosso PM confessou hoje no Parlamento que soube há dias e no decorrer da referida crise que existia uma coisa chamada short selling. Só faltou mesmo foi dizer que ficou agoniado com tamanha aberração. Ele não sabe mas um dos seus ministros da Economia ou das Finanças poderiam ter-lhe explicado que a possibilidade de vender ou comprar uma mercadoria de que ainda não se é possuidor existe há décadas e destina-se a fazer cobertura de risco.
Aponto como exemplo o caso do café que pode ser negociado antes da colheita, pois essa é a forma de poder defenir um preço de fornecimentos de bens durante um período de tempo no futuro. Uma empresa como a conhecida Delta pode concorrer ao fornecimento de café a uma superfície comercial como o Continente durante um ou mais anos pois já sabe hoje o preço que lhe irá custar a matéria-prima no próximo ano. Para isso compra o café antes da sua colheita e assegura um preço futuro (chamada posição longa). Naturalmente que existe uma contraparte neste contrato que pode ser o produtor do café que assim pode planificar as suas receitas futuras e reduzir o seu risco (chamada posição curta). Se a colheita for abundante a Delta perde a oportunidade de comprar o café mais barato após a sua colheita, mas ao fazer o contrato reduziu o seu risco. Se a colheita for excassa poderá executar os contratos e assim assegurar o preço inicialmente previsto. O processo é em tudo comparável a um seguro contra um determinado risco. A companhia, neste caso um operador financeiro, perante um determinado prémio assume o risco do preço futuro. O mesmo processo existe para taxas de câmbio e para uma lista enorme de mercadorias, como os cereais, gado, metais, algodão, petróleo, etc. Outro exemplo quando se diz que o petróleo está a ser hoje transacionado hoje a 105 USD, esta cotação respeita ao petróleo a ser extraído em Novembro, Dezembro ou até bem mais tarde.
Quando a economia financeira funciona normalmente e dessa forma potencia a criação de riqueza da economia real o Sr. Sócrates, e outros como ele, puxam dos galões e gabam-se da perfomance que implementaram à economia. Quando a coisa não corre bem, neste caso por deficiente regulação dos mercados, matéria que depende da classe política, mais do que sacudir a água do capote, gritam num auto-de-fé histérico e amaldiçoam os gananciosos.
Porque é que não chamou também ganancioso, ou no mínimo incapaz, ao seu camarada Constâncio que não foi capaz de evitar o escândalo do BCP?
Não sei se repararam, mas o "circo" montado em Guimarães pelo PS, parecia uma cópia pimba da convenção Democrática nos EUA, até a palavra "Mudança" apareceu no discurso do Secretário Geral do PS e Primeiro-ministro.
Numa altura em que a recessão está aí à porta, o desemprego está ao nível que está(acima dos 7%), temos de novo milhares de pessoas a sair do país, a classe média está "agarrada" aos empréstimos cujos juros batem recordes todos os dias, o Eng. Sócrates quer fazer crer, sim porque só com muita fé, que Portugal vai passar ao lado da crise dos mercados financeiros e do que se passa nos países para os quais vão 50% das nossas exportações (Espanha e Alemanha).
Percebo o texto do nosso amigo Carlos no seu "Crónicas do Rochedo",mas não nos podemos resignar a ter mais do mesmo até 2013.
Prof. António Câmara - Palestra
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