Chamo a atenção para este post. Todos são bem vindos.
A celebração dos 450 anos do Juncal como freguesia, que começou há alguns meses com diversos eventos, tem amanhã um momento importante que vai orgulhar todo o Concelho.
15H00 - Mostra dos artistas Juncalenses no Solar do Povo do Juncal
A Mostra dos artistas Juncalenses, posso garantir-vos que será uma enorme surpresa pelos trabalhos apresentados, um orgulho para todos os Juncalenses.
16H00 - Celebração Solene (Missa) com a presença do Bispo da Diocese do Leiria
É uma enorma honra receber o senhor Bispo da Diocese, os Párocos que passaram pelo Juncal e os padres que nasceram nesta freguesia.
17H00 - Conferência do Professor Doutor Saul Gomes
O Professor Doutor Saul Gomes com diversos trabalhos e livros sobre a nossa região falará sobre a nossa terra.
A presença do Senhor Bispo, do Senhor Governador Civili de Leiria, do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, do Senhor Presidente da Freguesia do Juncal, do Professor Doutor Saul Gomes será uma enorme honra para todos os juncalenses.
Estão todos convidados a juntarem-se a este momento que deixará o Juncal e as suas gentes muito orgulhosos da sua terra.
No próximo Domingo, 14 de Março, terá lugar a abertura Oficial da Celebração dos 450 anos da Freguesia do Juncal...
O Teatro voltou ao Juncal com a reedição da peça de Luis de Stau Monteiro, Felizmente Há Luar.
O espectáculo de ontem correu bem. Mesmo bem. A sala esgotou, o público recordou ...
Ler o resto aqui. Também há imagens...
Hoje à tarde há desfile de Carnaval pelas ruas do Juncal. Apareçam... mascarados, claro!
Recebi, há dias, um mail do Sr. Rafael Marcelino, habitual comentador do VF e Juncalense, onde transmitia a sua preocupação pela venda da casa, que está na imagem, a um particular que a descaracterizasse ou a deixasse ao abandono e sugeria que fosse adquirida pela Câmara ou Junta de Freguesia para, por exemplo, servir de Museu, Alguergue ou Biblioteca.
O valor pedido é de 350 000 euros.
O que pensam os Juncalenses, e restantes Portomosenses, desta sugestão do Sr. Rafael Marcelino?
Por observação regular de um motor de busca sobre as novidades na net referentes a algumas palavras escolhidas, encontrei à venda um castiçal em faiança pintado à mão, e produzido no Juncal, vila de onde vos escrevo, pela fábrica Rebelo Carneiro & Cª, Lda.
Está no site de leilões Ebay com o valor de venda imediata de US $ 32.87.
Sabendo que a empresa em causa se encontra, como todas do sector, a atravessar grandes dificuldades, e que peça se pode adquirir na fábrica por um valor muitas vezes inferior, confesso que fiquei atónito com o valor deste leilão. Claro que é apenas um artigo e que o Ebay dificilmente conseguirá absorver um volume significativo de peças, mas questiono-me até que ponto este canal de vendas poderá ser uma esperança para o sector.
1560 - 2010
Como já é do conhecimento geral, a Freguesia do Juncal irá comemorar os seus 450 anos em 2010.
Nesse âmbito estão a ser preparadas um conjunto de iniciativas entre as quais um programa de tertúlias mensais, a realizar-se na primeira sexta-feira de cada mês.
A primeira tertúlia terá como tema As Invasões Francesas no Juncal e Região e será na próxima sexta-feira, dia 6 de Novembro pelas 21h00, na Bibioteca do Juncal.
Todos estão convidados.
Mais informações aqui.
Esta foto foi tirada em 2005, junto ao Salão Paroquial, que não foi remodelado. Sei que o Reinaldo Virgílio é uma das pessoas mais desagradas com o desempenho do João Salgueiro no Juncal. Imagino que se sinta usado, como é compreensível. Terá sido mais um que acreditou em Salgueiro e se deu mal.
Salgueiro não cumpriu! Em vez disso mentiu e merece ser penalizado.
No próximo Domingo são as eleições autárquicas, onde vamos ser chamados a votar também para a Freguesia.
No Domingo, sem qualquer hesitação decidi, há muito tempo, votar no José Fernando e desejo que ele ganhe.
«O desenvolvimento de um determinado território está cada vez mais relacionado com a qualidade da formação e da educação que é dada à sua população. A escola, sendo um espaço privilegiado para a formação e acção educativa e estando o sistema de ensino a sofrer umas das maiores reformas das últimas décadas, é urgente repensar as suas práticas e os seus fundamentos. Nesse sentido a “Carta Educativa” aparece como uma ferramenta importantíssima no processo de reflexão sobre a reorganização da rede escolar no concelho de Porto de Mós.»
É nestes termos que começa a Carta Educativa do Município de Porto de Mós.
Já escrevi sobre este assunto em Setembro do ano passado. Transcrevo dois parágrafos do que então escrevi.
«Na página 105, pode observar-se que o nº de alunos da EB1 da Cumeira de Cima diminuiu para metade em 4 anos anos mas segundo o documento “o encerramento desta escola não deve ser equacionado para já”. Assim na página 155 recomenda-se a construção de uma sala polivalente no valor de 50.000€ para o ano de 2009. Estranho é que em rodapé se diga: “A EB1 de Cumeira de Cima ainda não é uma escola de lugar único mas, perspectiva-se que o será a curto prazo; nesse caso, os alunos serão também integrados no Pólo Escolar de Juncal”. Sabemos que o ano de 2009 é um ano especial e se 50.000€ servirem para ganhar uns votitos até são bem gastos. Sabemos também que apesar do jeito do Sr. Presidente em acompanhar as obras de fio de prumo na mão, os 50.000 € talvez cheguem para dar a entrada para a dita sala.»
A sala foi inaugurada ontem e segundo o que se falou, foram gastos cerca de 250.000€.
Claro que se o Executivo for confrontado com esta questão, dirá que eu não quero investimento na minha Freguesia, que nunca aceitei a vitória deles, etc, etc... mas acontece que além de residente na Freguesia do Juncal, e naturalmente gosto de a ver progredir, também sou contribuinte. Se a Carta Educativa proposta pelo Executivo à AM é um documento válido esta obra não faz sentido e eu preferia de longe que com esse valor fosse criada uma zona de lazer em frente à escola primária num terreno que já pertence à Câmara Municipal. Seria possível com bem menos de 250.000€, mas para isso teriam de aceitar as sugestões que foram feitas no início do processo e isso,... isso é que é que nem pensar!!
Hoje, vários anos depois, o Pavilhão do Juncal foi inaugurado.
Para muitos, hoje o Juncal já tem um elefante branco. Para outro(s) a primeira obra depois de 30 anos.
“Esta freguesia do Archanjo S. Miguel da Aldea do Juncal termo da Villa de Porto de Mós Bispado de Leyria, se desmembrou das colegiadas de Sta Maria e S. Pedro da dita Villa e foy erecta pelos fregueses no anno de 1560; como consta de huns papeis que se achão no cartorio da ditta Collegiada de Sta Maria.” Padre Martinho Correa em 13 de Maio de 1721, In memórias paroquiais (Biblioteca Nacional, reservados códice 158).
É com base neste documento que um grupo de juncalenses resolveu comemorar os 450 anos da freguesia do Juncal, durante todo o ano de 2010. Melhor resolvemos começar antes de 2010 e o primeiro evento tem lugar este fim de semana.
A festa de S. Miguel terminou quase às 5:00 já de 4ª feira.
Estando pela segunda vez do lado de dentro do balcão como festeiro, mais uma vez fiz parte de um grupo que não se negou a esforços para que a grandeza da festa da nossa terra seja no mínimo comparável ao orgulho que temos em nela viver. Como sempre neste tipo de eventos o amadorismo é anulado pelo empenho de toda a enorme equipa que trabalha com gosto.
Depois de fechado o bar do coreto, onde estive todos os dias de pois de terminar o serviço do restaurante, dei mais uma volta para tirar mais umas fotos (ao todo foram mais de 500) e assim registar o ambiente para a posterioridade.
Às 4:58 apanhei o Benito a dançar à frente do palco na última música do Zé Café e a Guida e tirei-lhe duas ou três fotos para o apanhar no ar quando saltava. O Benito nasceu espanhol mas por se ter casado com uma juncalense e cá viver é um dos nossos e mais um dos muitos que colaborou no restaurante. Todos os mais de mil frangos que servimos, passaram-lhe pelas mãos. Como ele disse num jantar tardio na pequena sala de refeições dos festeiros e ajudantes, os frangos passaram pela mão quando quando se descarregam as caixas, quando saem da caixa para arranjar antes de assar, e depois de assar novamente para serem partidos antes de ir para a mesa. Fazem lembrar a lenha que se corta, que se parte e que se arruma antes de queimar, tal é o número de voltas que dão.
A equipa deste ano (todos os anos se diz o mesmo mas agora é mesmo a sério) foi espectacular e todos vivemos estes dias intensamente, com a alegria pela partilha do esforço comum, com momentos de stress, quando a comida parecia que não ia chegar, ou o tapete de flores da procissão não estaria acabado a tempo, mas acima de tudo tudo foi vivido com imensa alegria.
Agradeço a todos os que nos visitaram e connosco festejaram no que é sem dúvida o momento mais alto na identidade juncalense.
A todos um grande obrigado.
As festas de São Miguel do Juncal estão mais uma vez à porta.
A tradição já é muito antiga e todos os juncalenses se reúnem à volta desta festa. É comum dizer-se que o Juncal é uma terra de muitos grupos quase estanques, mas a Festa de São Miguel junta toda a população e quebra constragimentos descabidos.
Os responsáveis pelos festejos são nomeados no final das festas do ano anterior. O que noutros lados se chamam de mordomos, aqui são os juízes e os festeiros. Segundo a tradição os homens são casados e as raparigas são solteiras, pois eles já estando 'arrumados' dedicam-se à festa sem outras intenções, e elas sem familia para tomar conta estão mais disponíveis para os inúmeros serões a preparar as nossas famosas decorações.
As festas de São Miguel são também o ponto de encontro de muitos juncalenses e de outros amigos do Juncal que vivem fora e não perdem esta oportunidade de aqui viver uma típica festa popular.
Permitam-me a comparação, mas enquanto as Festas de São Pedro são preparadas pelos funcionários da Câmara, as do Juncal são feitas pelos juncalenses que tiram duas semanas de ferias, uma para os últimos preparativos e outra para trabalhar vinte e mais horas por dia durante cinco dias.
O bicho humano, é um animal que vive em grupo e reage aos sentimentos de identidade e de pertença, e é exactamente nessa prespectiva que intrepreto o apego dos juncalenses a esta festa. Os mais novos sabem que um dia irão ajudar a realiza-la e os mais velhos lembram-se do(s) ano(s) em que foram eles a organizar. É até frequente organizarem-se jantares dos festeiros de mil novecentos e não sei quê, o que também mostra a ligação que se cria dentro do próprio grupo.
Existe também a vertente religiosa, cujo ponto mais alto é a Missa da Festa, com procissão pelas ruas. Na segunda-feira há sempre missa campal na Capela de São Miguel do Peral, lugar onde terá sido fundada a povoação, e que mais tarde se terá deslocado para um local mais húmido. Foi no local onde agora fica o largo do Salão Paroquial, o centro do Juncal, que existia água com abundância suficiente para que aí existissem os muitos juncos que deram o nome à terra.
O circuito de ciclismo é também uma tradição, os jogos tradicionais são na 2ª feira à tarde e o atletismo é no Sabado à noite.
Este ano mais uma vez faço parte do grupo de festeiros e é como juncalense orgulhoso das nossas tradições que convido todos os leitores do Vila Forte, anónimos e identificados, a visitarem a Vila do Juncal e a estarem connosco nestes dias.
Apareçam
Podem ver aqui o programa das festas e aqui alguns videos da ZonaTV da festa de outros anos.
clique para ampliar
Largo de São Miguel no Juncal
Identifica-se claramente o Salão Paroquial e a antiga fonte, com juncos plantados no centro, atrás da árvore do adro da Igreja. No local da casa com o portão de madeira sob um arco abatido à direita da imagem, encontra-se actualmente o edifício da Caixa Agrícola. Ao fundo os olivais que dão nome à rua.
João Manuel Rodrigues Coelho
1997 - Candidato à Junta de Freguesia do Juncal pelo CDS
2005 - Candidato à Junta de Freguesia do Juncal pelo PSD
2009 - Candidato à Junta de Freguesia do Juncal pelo PS
Como se pode ir de um partido democrata cristão e conservador para outro que apoia os casamentos gay? Será por deriva ideológica?
"No actual estado de degradação das estruturas partidárias em que a militância desinteressada e a adesão politico-ideológica é quase irrelevante em relação à carreira aparelhística, os partidos no seu interior são verdadeiras escolas de tráfico de influência (..) de corrupção."
José Pacheco Pereira, Público (11.7.09)
Já aqui foi assunto, mas agora é oficial.
"O pavilhão ainda não foi inaugurado porque aguardamos por uma figura grande do PS para o efeito."
Presidente da Junta do Juncal durante a última Assembleia de Freguesia
Será que o escolhido era Manuel Pinho? Se fosse ele a inauguração agora ainda vai demorar mais tempo.
Conhecendo o Sr. João Manuel como conheço, sei que esta informação tem de ter origem dentro da Câmara Municipal, ou seja do Sr. João Salgueiro.
Foto tirada hoje, 03/Julho/2009
Quem não se lembra do "construam-me Porra!" que existia escrito em Alqueva por causa da demora da construção da barragem?
Pois parece que os "Juncalenses" vão ter que fazer algo semelhante em relação à " Casa dos Calados".
Depois de uma caminhada pela freguesia do Juncal no domingo, passeio que recomendo, parámos em frente "à famosa Casa dos Calados". O Presidente teve a feliz ideia de nos mostrar o que resta da "Casa dos Calados" e o sentimento de quem visita é de profunda tristeza e indignação:tristeza porque daqui a pouco só vão restar ruínas e indignação pela incapacidade do poder local em gerir prioridades.
O espaço é fantástico, edifcio principal, casa criados, cavalariças, lagar azeite, adega e espaços envolventes, dava para fazer algo de emblemático e grandioso na Vila do Juncal, Vila que pela sua história, domingo aprendi mais, merecia que aquele espaço fosse recuperado.Infelizmente, temo que em breve no "OPortomosense" a noticia não seja ESTA, ainda haver possibilidade da sua recuperação ainda que tardia, mas sim que a "Casa dos Calados" teve de ser demolida porque já não havia hipotese de a recuperar.
Estamos próximos de mais uma campanha eleitoral, seguramente que este património vai ser alvo de promessas e mais promessas, mas o que é necessário é os politicos terem vergonha na cara e serem sérios para com as populações.Apartir de Domingo, somos mais umas dezenas atentos a esta situação:"Recuperem-na PORRA!"
No próximo Domingo, 10 de Maio pelas 09h00 (concentração a partir das 08h30) e integrado no programa da Câmara Muncipal de Porto de Mós, Tokandar, terá início mais um passeio, desta vez pelas redondezas do Juncal.
O passeio será feito pelo percurso pedestre do Juncal. Pode consultar aqui informações sobre este circuito que percorre alguns dos lugares mais emblemáticos do Juncal, como o Cruzeiro, a Capela de São Miguel do Peral, o caminho da Fonte Falsa, a Igreja de São Miguel e o painel da Srª das Dores.
O ponto de encontro é no largo em frente à Junta de Freguesia junto à estátua do Comendador João Coelho da Silva.
Todos os que gostam de caminhar pela natureza estão convidados para participar.
A natureza está florida e espera por vós.
Esta semana a Freguesia que a CINCUP escolheu para nós conhecermos melhor é a Freguesia do Juncal.Boa visita!
Se me é permitido, e porque se trata de uma Insituição que merece todo o nosso respeito e carinho, aproveito este post para enviar um abraço a todos os que representam a Banda Recreativa Portomosense,pois comemoraram este fim-de-semana 201 anos de existência. Esta data foi bem lembrada pelo Paulo César no seu "Geração Rasca".Ver AQUI!
O Luis já referiu este assunto, mas vou aqui colocar regularmente fotos do "andamento" das obras do Pavilhão Gimnodesportivo do Juncal.
O pavilhão está em condições para ser utilizado. Se as eleições fossem na próxima semana o pavilhão estaria em condições para se fazer a festa.
Imagino que o Sr. Salgueiro aguarde a divulgação do candidato do PSD para tantar ofuscar o facto com esta a inauguração. Parece que já estou a ver a o Sr. Salgueiro a justificar-se dizendo que falta adquirir uma mesa e duas cadeiras.
A política é feita por momentos que valem mais do que a satisfação das necessidades das populações. Os juncalenses que esperem, que têm jeito para isso.
Quanto tempo passará até ao dia da fita cortada?
O Instituo Educativo do Juncal, ganhou o concurso Unilever International Schools Art Project, em Portugal, tendo concorrido 65 escolas. O Tema do concurso era os 5 sentidos e o IEJ estampou num velho autocarro fotografias que retratam o 5 sentidos.
O autocarro será exposto em Londres na Tate Modern, uma das galerias mais famosas sobre arte moderna.
18/Jan/2008
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15/Fev/2009
2 imagens valem mais que 185 palavras.
Ao folhear a Sábado desta semana deparei-me com numa página de publicidade de uma empresa da freguesia do Juncal, onde moro, e bem conhecida no concelho, a Coelho da Silva.
A Coelho da Silva foi fundada pelo Sr. João Lopes Coelho da Silva, grande benemérito do Juncal. Esta empresa fabrica telhas de barro vermelho e é actualmente o maior empregador da freguesia e apesar do sector da construção já ter tido melhores dias, não deixa de investir na inovação. Também por isso é uma referência do sector.
É com gosto que a vejo numa página ímpar de publicidade numa revista de âmbito nacional.
Há pouco mais de dois anos começou a ser cumprida uma das promessas que levou o Sr. Salgueiro, nosso Presidente de Câmara, a Fátima a pé após a sua vitória eleitoral. Refiro-me à Casa Velório do Juncal na freguesia onde resido.
Como a opção de comprar um terreno era muito dispendiosa e de forma a minimizar o investimento, coisa que no Juncal tem de ser gerida com muita parcimónia (tanta que ronda frequentemente a mesquinhez) o terreno escolhido foi o do cemitério antigo que fica por de trás da igreja e que se encontra desactivado há 80/90 anos.
O Presidente da Câmara logo que pôde avançou para o terreno e toca de remover as ossadas com uma escavadora.
O Presidente da Junta e o Pároco, ávidos de uma obra importante para a Freguesia e Paróquia, respectivamente, consideraram que o trabalho estava a ser feito com respeito, como se ‘respeito’ fosse uma função accionada por um botão nos comandos da referida escavadora.
Nem toda a população concordou com os métodos utilizados para o levantamento de ossadas e daí até que uma denúncia chegasse ao Instituto Português da Arqueologia (IPA) passou pouco tempo. Como era de esperar a obra foi de imediato visitada pelo antropólogos do IPA (ou antropófagos, como sempre lhe chamou uma pessoa que acompanhou todos os acontecimentos) e a obra teve de ser interrompida.
As ossadas espalhadas pelo terreno, assim como outras que se encontravam junto às raízes das árvores já cortadas, foram recolhidas por arqueólogos que lamentaram o que ali se tinha passado. Pelo que tive a oportunidade de conversar com as duas técnicas que executarem estes trabalhos, soube que o levantamento de um cemitério não é feito todos os dias, mas é a forma mais eficaz de conhecer as pessoas de uma determinada comunidade no passado. A partir da ossadas é possível estimar a estatura da população, com que idade morreram, as doenças mais frequentes, entre outro tipo de informação. Por exemplo fiquei a conhecer objectivamente os efeitos da osteoporose assim como vi deformações provocadas pelo esforço e por doenças. Tudo a partir de restos mortais de meus conterrâneos, onde se incluem familiares meus que já partiram. Toda esta informação se perdeu por acção da escavadora.
Nesta fase entendeu-se que era muito caro e dispendioso proceder a todo o levantamento das ossadas e acordou-se levantar as ossadas apenas nas zonas das sapatas. Confrontado numa Assembleia Municipal com o facto de desta forma estar a separar famílias que quiseram ser sepultadas juntas, o Presidente da Câmara justificou-se dizendo que os técnicos eram muitos lentos no seu serviço, e, interpretei eu, como o calendário eleitoral é quem mais ordena, the show must go on.
Nesta fase a ‘bola ficou do lado’ do Gabinete Técnico da Câmara que teve de definir a localização das sapatas. Este trabalho será de tal complexidade que demorou dezanove semanas até que os técnicos soubessem onde poderiam escavar.
Durante estas dezanove semanas, ocorreu o episódio mais macabro de toda a novela. Na manhã do dia 15 de Outubro de 2006 foram encontradas no adro a Igreja, assim como no lugar do Andam em vários locais, “cerca de dois quilos de ossos” conforme consta no auto da GNR chamada ao local para proceder a sua recolha. Durante as dezanove semanas em que os técnicos camarários trabalharam afincadamente da escolha da zona de implantação das sapatas, a entrada no antigo cemitério ficou vedada com dois portões velhos amarrados por dois arames.
Este é o rigor técnico que temos na Câmara Municipal, cujo Presidente é um homem que diz entender de obras e faz questão de escrever nO Portomosense que chega às 7h da manhã aos Paços do Concelho para dirigir o pessoal.
A obra está pronta e quis o destino que fosse inaugurada no dia de Finados, logo depois da noite das Bruxas, ou segundo a tradição anglo-saxónica, de Helloween.
O povo, que depois da missa de Todos os Santos ruma ao actual Cemitério, esbarrará com um lanche de papas e bolos, um metro acima do chão onde rolaram caveiras profanadas de juncalenses. É de esperar o discurso de lançamento da campanha eleitoral.
Salgueiro Sim, pela nossa terra.
Digno do Halloween.
Prof. António Câmara - Palestra
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