Como já aqui foi falado, Israel não deixa nenhum dos seus para trás.
Gilat Shalit foi capturado em 2006 pelo Hamas e desde então o seu resgate faz parte das prioridades do Governo Israelita.
Após um longo período sem que se tivesse qualquer confirmação fidedigna de que Gilat continuava vivo, o acordo foi possível. Israel entregou 19 prisioneiras palestinianas em troca de ... um video de confirmação.
Há de facto diferenças abissais entre a forma como cada um dos lados do conflito trata os seus.
Para um bilião e meio de seres humanos, este é um mês especial.
A práctica do jejum ritual é o quarto dos cinco pilares do Islão. Além do jejum, neste período recomenda-se a práctica mais intensa da caridade, a vivência da fraternidade e dos valores familiares.
O facto deste período ser definido pelo calendário islâmico, um calendário lunar, faz com que seja celebrado em diferentes meses do calendário gregoriano. É imensa a informação que se pode encontrar na internet sobre este assunto.
A imagem que o mundo ocidental tem sobre o Ramadão é muito limitada. Não fosse a fraca performance dos jogadores muçulmanos que actuam no futebol ocidental e esta data passaria quase despercebida.
Há alguns anos estive num país árabe durante o Ramadão e fiquei com uma imagem diferente deste mês, que é um mês de festa.
As cidades são esvaziadas dos trabalhadores de origem rural, pois estes deixam o trabalho e juntam-se à família para junto deles celebrar o Ramadão. Isto implica que tudo funcione em serviços mínimos, ou simplesmente não funcione. Faz lembrar o que se passa no período de férias, com a diferença de que cá isso dura três meses. A título de exemplo, sucedeu-me num Hotel ser avisado que não havia água quente pois a pessoa que acendia a caldeira estava fora da cidade a celebrar o Ramadão.
Ao contrário da ideia de punição do corpo que associamos ao jejum, algumas pessoas com quem falei sobre o assunto justificam-no com base em recomendações médicas, ou seja, podemos compara-lo a um mês de dieta. Alguém discute as suas vantagens?
Ao contrário da ideia de oração e de penitência que associamos ao Ramadão, não deixa de ser incrível a animação que invade as ruas logo que o sol se põe. As esplanadas ficam cheias, os vendedores de comida estão por todo o lado, a música entoa pelos altifalantes do vendedores de cassetes e de CD's, as crianças brincam e correm, alguns jovens dançam, os idosos jogam dominó e outros jogos de mesa e aos mais pobres é oferecida comida e esmolas.
Entendi que almoçar no Ramadão fosse uma falta de respeito pelos muçulmanos e seguindo a máxima 'em Roma faz como os romanos' tive de fazer umas sandes e comê-las enquanto conduzia, sempre com a preocupação de quando me cruzava com outro carro não ser apanhado com a boca na botija, quer dizer, da sandoca.
Tive um guia que me explicou que estão dispensados do jejum as crianças, os idosos e os doentes. Pediu-me para parar ao anoitecer para rezar e depois disso aceitou um iogurte.
A ideia que fazemos do mundo árabe e do Islão é deturpada por muito ruído noticioso, facto que interessa, e muito, a uma extremamente reduzida minoria de islamitas radicais, que ganha relevo quanto maior for o atrito entre o mundo ocidental e o mundo árabe. Têm ambições de poder e para isso não hesitam em aliciar jovens para se suicidar em nome de uma religião que apela à paz e ao entendimento entre os povos.
Os apoiantes do regime autoritário do Irão, que apoia grupos terroristas como o Hamas e o Hezbolah, estão a disparar contra o seu povo.
A sociedade iraniana está dividida entre uma linha conservadora, isolacionista e anti-ocidental e uma outra que apesar das fortes ligações do candidato Moussavi ao actual regime, aparenta ser capaz de uma abertura ao exterior e de aproveitar a oportunidade para se aproximar da comunidade internacional, conforme lhe foi proposto por Barak Obama.
Durante as manifestações várias pessoas já morreram. As imagens estão a chegar a conta-gotas via internet que está quase bloqueada pelo regime.
No passado Sábado morreu mais uma jovem. Neda Soltan foi baleada durante mais uma manifestação. A sua morte foi filmada e as imagens, apesar do bloqueio, já correram o Irão e o mundo.
«"A sua morte pode ter mudado tudo", escreveu a Time, recordando a importância do martírio na política iraniana e na tradição xiita. Hussein, neto do profeta Maomé, foi o seu primeiro mártir, morto na batalha de Kerbala contra um califa que considerava ilegítimo. Na revolução de 1979, o sangue dos que morreram na repressão manteve vivos os protestos que levaram à queda do Xá. E foi o culto dos mártires que permitiu ao regime manter o país unido durante os oito anos de guerra com o Iraque.
Um grupo criado no Facebook em sua memória apelidou-a de "Anjo do Irão" e no Twitter garantia-se que será recordada como "Rosto da liberdade". O Governo, que acusa "vândalos" de terem atirado sobre os manifestantes, impediu ontem a realização das cerimónias fúnebres públicas, marcadas para uma mesquita da capital, contou o noivo. E uma concentração em sua memória no centro de Teerão foi reprimida»*
O filme de trinta e poucos segundos têm imagens fortes e pode ser visto no Youtube. Não se recomenda a pessoas sensíveis.
*excerto do Público
As imagens dos incêndios são demasiados familiares para os portugueses. A incapacidade de controlar a destruição e morte provocada pelo fogo é algo que a todos nos aterroriza.
Os australianos têm vivido dias muito difíceis a assistir e a sofrer um nível de destruição muito superior ao, até mesmo nós, estamos habituados a ver. O número de mortos já terá ultrapassado os 200, os prejuízos materiais ascendem a muitos milhões de dólares, a natureza e o ambiente agonizam. O Primeiro Ministro australiano, Kevin Rudd, afirmou que quem provocou estes incêndios cometeu um assassínio em massa. A expressão "assassínio em massa" surge sempre ligada a cenários diferentes.
A explicação destas palavras surgiu há dias. Foram divulgados conteúdos de sites seguidos há algum tempo pelos serviços secretos, segundos os quais a 'forest jihad' era considerada como uma forma de combater o Inimigo. Segundo dizem, queimar as florestas dos infiéis é justificado com o fazem às suas terras.
As suspeitas de que alguns destes incêndios possam ter sido actos de terrorismo premeditados (no estado de Victória chegaram a estar mais de 400 activos em simultâneo), não passam disso, de suspeitas, mas ficamos a conhecer ao que estão dispostos estes senhores que consideram os infiéis seus inimigos.
Amanhã os israelitas vão às urnas.
As sondagens apontam Benjamin Netanyahu, candidato do partido Likud, como o favorito a ser o próximo Primeiro-Ministro.
Sendo já um reincidente no cargo, Bibi como é conhecido, deixou uma imagem pouco apaziguadora.
A candidata da novo partido Kadima, Tzipi Livni, está em segundo lugar nas sondagens.
Em terceiro encontra-se Lieberman, o candidato mais polémico, pois pretende retirar alguns direitos civis, como o voto, aos israelitas de origem palestiana, caso não assinem um documento em que juram lealdade ao estado judaico. É acusado de ter prostas fascistas.
Confesso que desconhecia que cerca de 20% da população de Israel é constituida por árabes israelitas, os palestinianos que não saíram em 1948. Queixam-se de alguma descriminação mas nas eleições têm um tratamento idêntico aos dos cidadãos de origem judaica, um homem, um voto. Esta regra aplica-se também às mulheres, algo que não acontece noutros países árabes onde se realizam eleições. O vice-presidente do Knesset, o parlamento israelita, é de origem árabe.
À partida seria Tzipi Livni a candidata que melhor poderia conseguir uma solução para, juntamente com a Administração Obama, pacificar a região.
Têm a palavra, ou melhor o voto, os cidadãos. Estou certo que os derrotados não serão fuzilados como aconteceu quando o Hamas venceu as eleições contra a Fatah.
Lembram-se da escola da ONU que foi alegadamente destruida pelas forças israelistas?
Aposto que esta notícia não irá fazer manchete nem sequer será referida nos telejornais.
Noticia via Origem das Espécies
Convido-os a ver o programa Sociedade das Nações, da SIC, dedicado à questão de Gaza.
Os terroristas do Hamas que convencem os seus jovens a vestir o colete de explosivos, que são os mesmos que fuzilaram os adversários derrotados em eleições livres (como se pode ver aqui - as imagens são violentas) são os mesmos que não têm qualquer programa de bem-estar para o povo à sua guarda, pois a sua única preocupação é a destruição de Israel, irão receber uma proposta de geminação da cidade de Lisboa.
Os terroristas do Hamas que festejaram os atentados de Nova Iorque, de Bali, de Madrid e de Londres, hoje festejam esta geminação proposta na Assembleia Municipal de Lisboa pelo Bloco de Esquerda e aprovada com o votos favoráveis do BE, PCP e PEV e com a abstenção do PSD, PS e CDS-PP.
A história fica registada nas entrelinhas da indiferença.
Resultante DESTE post do Paulo, houve uma interessante conversa entre os meus amigos Hugo Besteiro e Paulo Sousa. Podemos concluir dos seus comentários que o conflito tem História e "estórias". Como tal, "roubei" um excelente post ao "piolho da solum".Tirem as vossas conclusões.ver AQUI!
A distância poupa-nos o trabalho de ter de tomar uma posição, mas o conflito israelo-palestiniano entra-nos em casa sob a forma de imagens escolhidas para chocar. Poderia ser na forma de noticias mas chocando o público ha um maior mais retorno em termos mediáticos. O contexto e o enquadramento do que se está a passar fica em segundo plano.
Não vale a pena querer saber quem lançou a primeira pedra, pois para isso teríamos de recuar mais de quatro mil anos.
Nos dias de hoje este conflito será a face mais visível do chamado choque de civilizações.
É natural que fiquemos incomodados com as imagens de sofrimento mas gostaria de aqui deixar algumas notas que no meu ponto de vista definem os dois lados do conflito.
- Os centros operacionais e logísticos do Hamas e do Hezbolah, que incluem locais de lançamento de rockets sobre povoações israelitas, localizam-se deliberadamente em prédios habitacionais para que os seus compatriotas sirvam de escudos humanos contra os ataques israelitas.
- Os restos mortais dos soldados israelitas mortos em combate e que fiquem em posse do inimigo são reclamados pelo Estado de Israel que pretendem lhes prestar homenagem e os sepultar de acordo com o ritual judaico. É habitual haver troca de prisioneiros palestinianos, alguns até comprovadamente envolvidos em actos terroristas, por restos mortais de soldados mortos há vários anos.
- Muitas crianças palestinianas são educadas e treinadas para um dia se fazerem explodir matando com eles o maior número de pessoas possível. Os cérebros destes métodos preferem ocupar os lugares politicos e guardam o colete de explosivos para os seus jovens.
- Olhando para as diferenças entre a forma como ambos os lados tratam os seus, leva-me a sentir que de facto, enquanto ocidentais estamos necessariamente mais próximos dos judeus, que dos palestinianos.
- O timing dos ataques dos últimos dias à faixa de Gaza devem-se ao vazio de poder dos EUA, que se prolongará até à tomada de posse de Obama. Aqueles que gostariam de uma América menos poderosa têm aqui uma pequena amostra do que seria o mundo sem a sua influência.
Prof. António Câmara - Palestra
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