O jornal Público está a celebrar os 20 anos de existência.

A sua entrada no mercado foi uma pedrada no charco e em reacção a isso toda a imprensa teve de mudar. Podemos ler a nossa história dos últimos 20 anos nas capas do Público.

Como estávamos há 20 anos e como estamos agora?

Deixo-vos com um excerto da P2 do passado Sábado.

"Na capa de um dos números zero do Público, nos primeiros meses de 1990, anunciava-se: 'O garrafão de cinco litros vai acabar.' Nos dias da euforia cavaquista, o país rejubilava com a eliminação de qualquer vestígio de arcaísmo. Depois de conquistada a democracia e a integração europeia, o horizonte do país parecia prometer apenas riqueza e modernidade. Nesse destino certo não haveria lugar para os carros de bois exibidos numa reportagem do El País que por essa altura que fez a nação reagir em ásperos textos de protesto, nem para os garrafões, arados ou socos de madeira que ainda se usavam no interior. Em 1990 a economia crescia mais de sete por cento, a modernização avançava célere e os portugueses começaram a a acreditar que o atraso e a pobreza seriam em breve meras memórias do tempo dos seus avós.

Vinte anos depois, olha-se para trás e percebe-se que esses dias optimistas não passaram de uma ilusão pueril. Como se pode constatar até nas tabernas de Lisboa, o garrafão resistiu. Muitas comunidade rurais mantêm ainda hábitos seculares que alimentam uma agricultura inviável e atrasada. Como em tantos outros períodos da história dos séculos XIX e XX, as contas públicas estão na penúria e as tensões políticas prenunciam instabilidade e degradação do regime. E se a modernidade, ou pelos menos alguma modernidade, se garantiu, Portugal vive hoje a sensação de que não tem a energia para retomar o surto de desenvolvimento de há 20 anos. Os mais pessimistas avisam que só a integração na UE consegue evitar os pronunciamentos militares de outras eras."

Capa do Inimigo Público

O Público foi domesticado?

Via 31 da Armada

O Tratado Lisboa foi aprovado e inicia-se uma nova etapa na maior aventura do entendimento da humanidade. O seu teor foi muito politizado por questões de política caseira, mas não foi, de todo, debatido a fundo.

Este texto pode ajudar-nos a antever o futuro da Europa.

José Manuel Fernandes, director do jornal Público, há mais de 10 anos, abandona o cargo. Não há muito tempo achei que que José Manuel Fernandes era o líder da oposição.

No nosso país, apenas num jornal não preocupado com os humores do poder político, com um corpo de accionistas deliberadamente independentes, isso seria possível. Poderá não ter recolhido permanentemente a preferência unânime dos leitores portugueses, mas o exercício do jornalismo livre do poder político, merece referência. Este é o último editorial de José Manuel Fernandes.

Last but not least.

António Sérgio, a rouca voz inconfundível das noites do Som da Frente, do Lança Chamas e da Hora do Lobo, fez-me companhia em muitos serões de estudo.

Foi um visionário que durante várias décadas lançou muitas bandas musicais. Dessa forma moldou de uma forma pouco perceptível, mas efectiva, os nossos gostos musicais.

Deixou-nos aos 59 anos.

José Manuel Fernandes deixa direcção do Público.

Será este mais um caso resultante dos longos tentáculos de Sócrates?

P2 - pg2 - edição 22jul009

Ver aqui o post original 

Que Europa queremos?

Eleições2009.info

Hoje nasceu um novo projecto na blogosfera nacional de nos orgulhamos pertencer.

Tudo começou com o convite do Carlos Santos. Explicou-nos que se pretendia fazer algo idêntico ao conceito criado pelo politico.com nos EUA, adaptado à nossa realidade.

Os actos eleitorais, que em 2009 são três, serão comentadas por diversas pessoas de diferentes áreas políticas, procurando ter nesse universo uma representação da realidade do país.

O Vila Forte enquadara-se nesta amostragem enquanto blog de carácter regional próximo dos valores do PSD.

O jornal Público associou-se a esta iniciativa e recebeu-nos de braços abertos no seu servidor no endereço blogs.publico.pt/eleicoes2009.

Os nossos colegas neste projecto são opinadores de grande qualidade, alguns já bem conhecidos dos media e da blogosfera.

Por tudo isto pedimos a todos quantos têm a simpatia de nos visitarem diariamente irem também ao blogs.publico.pt/eleicoes2009.

Os textos que lá colocarmos serão aqui linkados e todos estão convidados a tecer comentários.

Não podemos deixar de agradecer a oportunidade ao Carlos Santos, do blog Valor das Ideias, várias vezes aqui referido e linkado. O seu convite é para nós um indicador da credibilidade que o blog Vila Forte tem vindo a conseguir conquistar na blogosfera.

A experiência está a ser entusiasmante e o ambiente dos bastidores do eleições 2009 é de grande colaboração e de abertura ao debate aberto e franco, que sempre foi o apanágio do Vila Forte.

Um abraço também ao António Granado, em nome do Público. E ao Paulo Querido, essa mais valia ímpar de qualidade técnica na web portuguesa.