Na passada sexta-feira, à noite, tive de me dirigir à urgência de Obstetrícia do Hospital de Sto André em Leiria. Quando alguém se dirige a uma urgência, à partida está frágil, receia que algo se possa passar com a sua saúde e naturalmente a atitude de acolhimento e respeito dos profissionais de saúde, desde as administrativas até ao pessoal médico, culminando no acto médico em si, muito contribuem para uma maior tranquilização, maior confiança no acto médico prestado e uma maior aderência ao próprio tratamento.
Não venho falar do mau diagnóstico e das possíveis consequências caso eu tivesse seguido as indicações do médico (no dia a seguir fui novamente à urgência de Obstetrícia da Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra). De registar a diferença abissal na relação com o utente) mas manifesto a minha indignação pela falta de humanidade, de profissionalismo e de respeito com que fui tratada e vi serem tratadas outras pessoas que lá estavam. É na minha opinião inadmissível que um médico não olhe para o seu paciente, não escute as suas queixas, dúvidas e inseguranças e muito menos que teça comentários sarcásticos acerca da opção que a utente fez relativamente à maternidade em que decidiu (seja por que razão for) ter o seu filho. É inadmissível que “despeje” para cima dos utentes a rivalidade, sem sentido, entre a maternidade Bissaya Barreto e o seu hospital.
É inadmissível que a sala de observações e atendimento esteja de porta aberta, onde entra quem quer e olha quem passa, sem qualquer respeito pela intimidade e privacidade do utente. É inadmissível que a forma como o médico fala seja de “frete”, com a postura de quem está de saída e não está para responder a nada, como se nos estivessem a fazer um favor! È absolutamente inadmissível que ao contar este episódio a uma profissional de saúde que trabalha no hospital de Leiria, no referido serviço, ela me diga “Ah pois, toda a gente deveria saber que à sexta-feira à noite ninguém deve ir à urgência de obstetrícia. É sempre esse médico que está de serviço. É horrível. Já tem imensas queixas contra ele.” Ora, eu pergunto, como é possível ter imensas queixas e nada mudar? Para continuar com aquela postura é porque tem as costas muito quentes e sobretudo não tem mesmo nenhum respeito pelos seus pacientes, ou seja, não é fruto de “um dia mau” mas sim de falta de carácter e falta de profissionalismo.
Quantas mais queixas serão necessárias para que a postura deste médico mude? Vai ter mais uma, porque é um direito meu manifestar a minha reclamação, mas também é um dever porque poderá contribuir para alguma mudança no futuro. Alguma coisa deverá acontecer quando as queixas registadas forem muitas. Digo eu! Possivelmente ingenuidade minha! Temos que exigir que sejamos tratados com respeito!
A humanização da saúde é urgente. Muito já se fez mas ainda falta percorrer um longo caminho!
Ps. Para quem quer saber e para quem não quer o meu filho é Lindo e está muito bem de saúde! Mas tão lindo!!!
Ontem foi dia Mundial da Saúde. Sem nos darmos conta quando falamos ou pensamos em saúde reportamo-nos quase exclusivamente à saúde física, esquecendo que a saúde mental, o bem-estar emocional é tão ou mais importante do que a saúde física. Não será por acaso que as doenças psicossomáticas são uma das grandes preocupações do séc XXI, apontando-se para que cerca de 80% das doenças possam ser de origem psicossomática, ou seja, um “mal-estar” de origem psicológica que tem expressão física e que se poderá tornar numa doença crónica.
A verdade é que na maioria das vezes se ignoram os sintomas emocionais, por dificuldades de expressão das emoções, por ignorância emocional, por racionalidade irracional, entre muitas outras razões, e a forma que o nosso “inteligente cérebro” tem de nos fazer parar e reparar no que está a acontecer, sempre que teimamos em ignorar, é dar sinais físicos, ou seja, sintomas físicos e aí sim, todos paramos para ver o que está a acontecer (esperamos que a tempo, antes de se tornar doença crónica) com o nosso corpo, que aparentemente merece mais atenção e cuidado. A educação emocional ainda tem um longo caminho a percorrer, mas os estados depressivos, ataques de pânico, ataques de ansiedade, problemas de estômago etc etc esses estão aí já na “próxima paragem”!
E porque saúde é muito mais do que um estado físico…
“Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Morre lentamente..."
Pablo Neruda
Nestes dias tenho estado mais ou menos KO, devido a problema de derrame ocular, consequência de uma conjuntivite das antigas. Para além disso no sábado à hora do almoço e depois de ter comido a sopa, tive uma quebra de tensão, isto tudo junto fez com que fosse ao Hostital Sto André em Leiria.
Prof. António Câmara - Palestra
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