Arriscando repetir o tema de Segunda-Feira do Luis, alinhavei mentalmente este texto depois de um passeio no fim de Tarde de Domingo, e por isso aqui vai.
Os viajantes europeus escolheram a cidade de Lisboa como o melhor destino de 2010. As cidades concorrentes preteridas foram Barcelona, Londres, Copenhaga, Amsterdão, Berlim, Praga, Lyon e Helsínquia. A opinião foi aferida pela European Consumers Association sediada em Bruxelas, e a justificação apresentada prende-se com a capacidade de preservar a sua 'alma' e a riqueza cultural, assim como a sua qualidade de vida, as infra-estruturas e as atracções turísticas e culturais.
Este prémio acumula-se a outros reconhecimentos recentes de Best City Break e de Leading Cruise Destination.
Num país apreciador de fado, de desgraças e outros infortúnios, é normal que uma notícia destas não tenha o destaque mediático devido.
Inspirado por este prémio, no Domingo passado forcei a agenda de forma a poder dar um passeio por Lisboa, algo que já não fazia há demasiado tempo. Com muitos alfacinhas no Algarve a cidade fica mais espaçosa e o estacionamento não é um problema. O céu limpo estava convidativo à caminhada.
Deixei o carro no Príncipe Real e desci até ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, passando pela entrada do indescritível Pavilhão Chinês, infelizmente fechado a horas tão luminosas. O miradouro, um dos sete que identificam as sete colinas da cidade, foi muito valorizado desde a minha última visita. O deprimente e degradado ringue de futsal foi substituído por uma esplanada, e os canteiros-WC-de-cão deram lugar a um vasto espaço de gravilha branca que faz jus à imagem luminosa tão referida pelos turistas que visitam Lisboa.
Descemos a calçada da Glória, passamos ao lado do elevador riscado com grafitis e imortalizado pelos Radio Macau e dirigimo-nos à Estação Central, mais conhecida como do Rossio. Esta foi a minha porta de entrada em Lisboa durante vários anos em que morei na Linha de Sintra e seguia diariamente para o centro. Sabia das obras que o fecharam por muitos meses ao público, mas não reconheci um palmo entre o átrio exterior e a plataforma das linhas, onde agora o acesso está vedado a quem não tenha bilhete… algo impensável no meu tempo. As carruagens são novas e já não permitem entradas em andamento, tipo Indiana Jones, nem viagens sentado no degrau da porta aberta. Sim, já foi há algum tempo e o asseio, pouco a pouco, toma conta de tudo.
Ainda assim gostei de ali regressar, saborear um café e olhar aquele espaço imenso, carregado de memórias, de partidas e de chegadas, cheio de história e de estórias. Já não é do meu tempo, mas chegou a existir um acesso directo da Estação, onde terminava o Sud Express que liga Lisboa a Paris, ao Hotel Avenida Palace. Outros tempos em que as estações de comboio eram os aeroportos de agora.
Saímos pela praça de Taxis e subimos ao Bairro Alto. O corrimão duplo característico das escadarias da cidade está igual, assim como a vista sobre a Baixa. As tascas não morreram embora muitas tenham sido transformadas em Restaurantes com garçons brasileiros.
Depois de vencida a Calçada do Duque chegamos ao Largo da Trindade e passamos junto ao imóvel cauteleiro sempre de serviço à porta da Santa Casa da Misericórdia.
Regressamos ao Príncipe Real satisfeitos pela teimosia em realizar este passeio e com a certeza de que teremos de regressar para outro troço. Só faltou mesmo a máquina fotográfica.
O CIBA teve em média 137 pessoa/dia a visitar as suas instalações no seu primeiro ano. É um facto!
Destas 137 pessoas/dia quantas é que visitaram o restante concelho ou simplesmente se deslocaram à sede de Concelho para, por exemplo, visitarem o nosso castelo?
Existe estratégia integrada, com proveito para o CIBA e restante concelho de Porto de Mós para que o património histórico,cultural e religioso seja visitado por esta quase centena e meia de pessoas, diariamente, já para não falar da restauração e comércio?
Os horários (horas e dias abertura), do espaço jovem, museu e outros locais de potencial interesse de quem visita o Concelho de Porto de Mós, estão alinhados com os horários do CIBA?
Porto de Mós Merece !
foto retirada da netA semana passada, já mudada a hora,fica noite muito cedo, cheguei a Porto de Mós demasiadamente cedo para o jantar de blogue e demasiado tarde para assistir à tomada de posse dos recém-eleitos para gerir os destinos do nosso concelho.Solução: gastar o tempo a percorrer as lugares e ruas da nossa sede de concelho.
Percorri locais onde passei a minha juventude, onde brinquei, saltei, corri, chorei, onde fiz amigos e senti que por muito que viaje e viva noutros locais, a Vila de Porto de Mós, Bairro de S.Miguel e Eiras da Lagoa serão sempre os lugares do meu coração.
Alguns perguntam e a Ribeira de Baixo? Eu respondo sempre da mesma maneira, a Ribeira de baixo foi onde eu dormi até aos 18 anos, claro que tenho alguns amigos na Ribeira de Baixo e algumas referências, principalmente da parte Agricola..., mas os locais que enunciei são os que me marcam e marcaram como Homem.
Numa dessas "viagens", por esses locais, "aterrei" na fonte do castelo (nunca levo a máquina fotográfica,raios parta), fiquei surpreendido: Sempre aqui criticámos o abandono da fonte lendária da nossa vila - quem beber da fonte do castelo por cá fica - felizmente está a ser limpa e recuperada e o seu espaço envolvente também.
Andei a pé, subi as escadas já existentes, em "tejoleira" de cimento, e só com a luz do telemóvel, senti uma emoção imensa, afinal a fonte do Castelo não morreu!!!
Não conheço em concreto o projecto, mas gostaria muito que aquele espaço fosse um espaço digno para quem nos visita.
Uma sugestão, que tal fazer um acesso ao castelo com uma estrada que permitisse a ida de autocarros até á fonte, com um parque de estacionamento e um parque de merendas com iluminação, uma vez que pela parte "velha" da vila é impossivel aceder às imediações do castelo com autocarro?
Que o projecto de recuperação deste nosso património faça parte de uma estratégia para dar ênfase ao que é nosso e nos foi deixado pelos nossos antepassados.
Porto de Mós MERECE!!!
No passado dia 9 de Maio, tentei fazer uma sugestão no site da Região de Turismo Leiria Fátima e deparei-me com uma mensagem de erro, informando que as sugestões não estavam a funcionar.
De forma a que a minha sugestão chegasse ao destino, e após alguma investigação pelo site, encontrei um endereço de email que me pareceu adequado, info@rt-leiriafatima.pt.
Enviei então um email referindo-me ao Guia de Percursos Pedestres publicado pelo Região de Leiria em que sugeria que essa mesma informação constasse no site, assim como solicitei que incluíssem o Percurso Pedestre do Juncal [http://www.freguesia-juncal.pt/media/folhetopedestre.PDF].
Antes de escrever este texto voltei a testar o serviço de sugestões e agora já funciona.
O email, esse, continua a aguardar resposta.
Poderemos pensar que os percursos pedestres não serão um produto turístico que interesse promover à Região de Turismo, mas então ficamos sem perceber o porquê do seu apoio ao referido suplemento do Região de Leiria.
Termino dizendo que acho o site graficamente bem apresentado, mas detalhes como este, que respeitam à interactividade e às relações com o exterior, são determinantes para a imagem que se tem de organismos como este, que sabemos serem muito apetecíveis para pessoas ligadas à política. A qualidade e o empenho do seu serviço afere-se também nos detalhes, e mais de 60 dias para acusar a recepção de um email... não dá uma boa imagem.
«Quinze milhões para Rota dos Mosteiros de Lisboa à Batalha
Portugal tem, numa área relativamente pequena, quatro monumentos que são Património da Humanidade e o Ministério da Cultura quer, com as autarquias das zonas desses monumentos, tirar o maior partido possível desta proximidade. O objectivo é criar uma rota que una o Convento de Cristo, em Tomar, o Mosteiro da Batalha e o de Alcobaça, em articulação com o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e lançar a marca Mosteiros Património da Humanidade.
O projecto - no qual serão investidos 15,3 milhões de euros (dos quais dez milhões comparticipados pelo FEDER) até 2012 - foi apresentado ontem na Torre de Belém, em Lisboa, numa sessão com o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, o presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), Elisío Summavielle, e com os presidentes de câmara dos quatro municípios envolvidos.
"No futuro vamos ter mais turistas, mais idosos, mais diversos - de países como a China, a Índia, o Brasil - e mais cultos. É para eles que temos que preparar as nossas infra-estruturas e as nossas cidades", disse Elísio Summavielle, sublinhando que este é um programa "que aposta forte em criar uma marca de referência a nível mundial".
Elaborado pelo CEDRU (Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano), o programa organiza-se em torno de seis eixos - que passam pela recuperação do património, a valorização das zonas circundantes, a promoção, o atendimento aos visitantes e a articulação da animação cultural em rede. Todo este eixo será "suportado no IC9" que, como via de ligação entre as regiões, é considerado uma "peça fundamental". A proximidade de Fátima também deve ser aproveitada nesta rede turística. »
Pùblico, hoje
Este pode ser mais um daqueles projectos que nunca sai do papel, mas sendo o actual poder autárquico da 'cor' do poder central isso não pode ser usado como desculpa para não tomar uma posição sobre este assunto.
De que forma poderemos tirar partido de mais esta iniciativa e assim promovermos a nossa terra fixando riqueza e criando emprego na área do Turismo?
É inegável o potencial turistico da Região Leiria/Fátima, mas como em tudo na vida se nada se fizer, nada cairá do céu.
Esta Direcção da Região de Turismo Leiria/Fátima nasceu envolta em polémica de cargos, de demissões, de regalias, de traições, de vencimentos, como escrevemos na altura.
Passados estes meses sabemos, agora, que a Região de Turismo ainda não tem um orçamento aprovado, inaceitável dirão alguns, mas o facto é que uma Região de Turismo como a nossa continua por cumprir o seu papel: dinamizar e criar riqueza para a nossa Região.
De resto está tudo bem, como diz o outro!
Estas férias tive a oportunidade, de mais uma vez, ir conhecer uma Cidade Europeia, Roma, com a familia, disfrutar de 6 dias de prazer e andar por uma cidade fantástica em termos de Património Histórico, seja referente ao Império Romano, seja referente ao tempo do Renascimento.Nesta época as Capitais Europeias são,literalmente, inundadas por turistas, nunca vi tantos de mapa na mão como em Roma.Eramos muitos em todo o lado.
O Dr. Saúl Gomes, em texto escrito,há umas semanas, em exclusivo para o Vila Forte, falava da importância do património de Porto de Mós no desenvolvimento do nosso Concelho, essa também é a minha opinião, não se pode falar em riqueza e potencialidades no turismo e ao mesmo tempo deixar degradar o nosso património ou não o valorizar com programas bem elaborados em termos turisticos.
Tinha pensado em escrever um texto sobre as maravilhas que vimos em Roma, dos muitos Quilómetros que fizemos a pé, mas a noticia de capa do "Expresso", de sábado, alterou o contéudo deste texto.
Segundo o semanário, 30% do património classificado pela UNESCO,em Portugal, está ao abandono e a necessitar urgentemente de obras sob pena de o perdermos.Um país que não preserva o seu património, que não tem memória e que prefere investir dinheiro em obras públicas de duvidosa vantagem para o País(TGV,aeroporto,estádios de futebol,....) é um país sem Rei nem Roque.Nas várias Cidades Europeias que visitei até hoje, todas têm o cuidado de ter o seu património em bom estado e assim o "vender" aos visitantes, é assim em Barcelona,Paris,Viena,Copenhaga,Madrid,Londres,Helsínquia,... e vi em Roma vários monumentos em recuperação e manutenção com as placas de apoio comunitário e/ou através de empresas privadas.
Esta foto da famosa Janela Manuelina do Covento de Cristo em Tomar, que também é referenciada no Expresso(foto com a janela ainda mais degradada), entre outros monumentos, mostra bem o desleixo a que os nossos simbolos estão condenados.
O mais triste é que está assim há muito tempo, pois a última vez que fui ao convento foi para aí há 5 anos e a janela já apresentava este aspecto.
Apostar no turismo, em meu entender, não é só abater sobreiros para construir resortes de luxo,ou construir campos de golfe em tudo quanto é sitio, passa muito por respeitar a nossa História e saber colocá-la à disposição de quem tem vontade de a conhecer e de se emocionar com os feitos dos Portugueses, foi o que me aconteceu quando fui ao Forum Ronamo, Capela Sistina, Fontana de Trevi, Basilica de S.Pedro, Termas de Caracala, Palatino, Piazza del Popolo, Piazza de Spagna, Forum de Trajano, Coliseum, a Piazza de Veneza ou o Panteão , só para referenciar alguns locais que mais me impressionaram.
Viajar e sair do nosso cantinho serve, também, para percebermos que em Portugal,temos o mau hábito de não valorizar o que é nosso, a prova está na triste noticia do Expresso e pelo que vamos vendo por aí.
Investir na nossa História é uma obrigação que temos como forma de respeitar quem nos antecedeu.
Não basta dizer que o Turismo é a nossa riqueza, os governantes têm que o demonstrar na prática!
Quer a Nível nacional, quer a nível local, o investimento público está a ser canalizado para "elefantes brancos", cujos beneficios para as populações são mais que duvidosos.
Temos de ser mais exigentes.Não podemos deixar que o nosso património seja abandonado.Temos de ter Memória!
Por último e porque vale mesmo a pena um vídeo de Roma antiga:
Prof. António Câmara - Palestra
Agradecemos à Zona TV
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